Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Pagamento parcial de títulos da Evergrande traz alívio a investidores

Títulos foram pagos à companhia Clearstream, apesar de empresa DMSA alegar inadimplência; gestora vê na crise boas oportunidades para se investir

Por Luisa Purchio Atualizado em 11 nov 2021, 15h26 - Publicado em 11 nov 2021, 11h45

Na quarta-feira, 10, esgotou-se o prazo para o pagamento de 149,1 milhões de dólares em títulos da Evergrande, uma das maiores construtoras chinesas que enfrenta um passivo de 300 bilhões de dólares e luta contra a falência. A quitação dos títulos preocupava os investidores e, se não honrados, poderiam agravar ainda mais os impactos sistêmicos que a empresa vem causando nas bolsas.

Para alívio do mercado, porém, houve quem alegasse que recebeu os juros das dívidas. Clientes da empresa Clearstream, sediada em Luxemburgo e que presta serviços de pós-negociação, receberam os juros de três títulos vencidos, informou um porta-voz da empresa para a agência de notícias Bloomberg com a condição de não ser identificado.

Já a empresa alemã Deutsche Marktscreening Agentur (DMSA), de serviço de dados sobre o mercado, informou em comunicado de imprensa que “não recebeu quaisquer juros de pagamentos até o final do período de carência. Agora a DMSA está se preparando para a falência contra Evergrande e apela a todos os investidores em obrigações para se juntarem a ela”. Marco Metzler, analista sênior da DMSA, afirmou ainda que “assim que um tribunal abrir um processo de insolvência, a Evergrande estará oficialmente falida – e isso é apenas uma questão de dias”.

Impacto nos mercados

A empresa alemã DMSA afirma ainda que em estudo recente constatou que “a falência da Evergrande, a empresa mais endividada do mundo, pode levar a um ‘Great Reset’, ou seja, o colapso final do sistema financeiro global.” A visão vai ao encontro de um estudo publicado esta semana pelo Federal Reserve Bank sobre os impactos significativos da falência da gigante imobiliária chinesa na recuperação econômica pós-Covid-19.

Continua após a publicidade

Há especialistas, no entanto, que discordam desta visão. É o caso de Fábio Bergamo, diretor de operações da JLP Asset Management, gestora de um fundo global com sede nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Com 700 milhões de dólares sob gestão, o fundo tem alocação exclusiva em ativos do mercado imobiliário.

“A Evergrande está no buraco e tudo indica que é questão de tempo para ocorrer a falência, porém, vemos um baixo risco sistêmico generalizado”, diz Bergamo. “A China possui cerca de 200 empresas imobiliárias e poucas são bem geridas. Isso significa que muitas vão quebrar, mas há empresas muito boas a preços muito baixos e boas oportunidades de investimento”, diz ele. A gestora aposta que a volatilidade que está atingindo os ativos chineses vai passar, mas ainda não é possível prever o prazo em que isso ocorrerá.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.