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Os recados do BC sobre o ritmo no corte de juros e a meta fiscal

Ata divulgada nesta terça-feira sinaliza mais reduções de meio ponto percentual nas próximas reuniões; na semana passada, taxa foi de 11,75% para 11,25%

Por Larissa Quintino Atualizado em 6 fev 2024, 10h19 - Publicado em 6 fev 2024, 09h40

O Banco Central divulgou nesta terça-feira, 6, a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que reduziu a taxa básica de juros de 11,75% para 11,25% na semana passada. No documento divulgado hoje, o colegiado sinaliza mais cortes da mesma magnitude nas “próximas reuniões” e afirma que esse é o ritmo adequado para o momento de desinflação no país.

“Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, disse o BC.

A ata também trouxe recados para o governo federal. O documento mencionou que questões como o esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal, o aumento de crédito direcionado e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública “têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia, com impactos deletérios sobre a potência da política monetária”.  A frase é uma reação a dados e ações recentes anunciados pelo governo, como o programa que prevê 300 bilhões de reais de crédito à indústria até 2026, bem como o déficit fiscal de 230 bilhões de reais em 2023 e uma incerteza sobre a viabilidade da meta de zerar o déficit neste ano. 

O Comitê ainda reforçou a necessidade de buscar a execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem da expectativa de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária.

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Apesar de salientar importância do cumprimento da meta fiscal para “a ancoragem da expectativa de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária”, o Copom não lista esta questão nos riscos altistas da inflação no momento.

Riscos

“O documento é neutro por não terem mudado a visão para PIB e inflação. No entanto, o Comitê está aumentando as discussões sobre o balanço de riscos e parece um pouco mais preocupado com a desinflação a partir daqui”, analisa  Marco Antonio Caruso, economista-chefe do PicPay

Entre os riscos apontados pelo colegiado estão o cenário externo, com volatilidade devido ao debate sobre o início da queda de juros nos Estados Unidos e com o aumento de tensões geopolíticas, em especial no Oriente Médio. Além disso, o BC pontuou que a inflação de serviços no Brasil demonstra “resiliência”, em grande parte em função da queda do desemprego e do aumento dos salários. 

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