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Os recados do BC sobre a estratégia dos juros altos por tempo prolongado

Autoridade monetária sinaliza que vai permanecer em território contracionista, avaliando riscos globais e domésticos, mesmo com a desaceleração atual

Por Luana Zanobia Atualizado em 9 ago 2022, 16h15 - Publicado em 9 ago 2022, 10h22

O Banco Central divulgou na manhã desta terça-feira, 9, a ata da reunião realizada na semana passada, onde uma nova elevação de 0,5 ponto percentual foi aplicada, levando a taxa básica de juros para 13,75%. Na ata, documento que serve como um instrumento de direcionamento da política monetária do BC para o mercado, a autoridade sinaliza que avaliará a necessidade de uma nova alta, mas de menor magnitude, na próxima reunião, em setembro.

A expectativa do mercado para o fim do ciclo de alta nos juros era alta, mas se torna cada vez mais distante essa possibilidade. Com a meta deste ano perdida e as perspectivas inflacionárias transbordando para o próximo ano, o BC sinalizou no documento que vai permanecer no território contracionista por um período maior que o esperado, avaliando uma nova elevação e manter juros alto por tempo prolongado. As expectativas de inflação para este ano baixaram para 7,2%, mas aumentaram para 5,3% no próximo ano, escapando da meta de 3,25%. “Dada a persistência dos choques recentes, o Comitê seguirá vigilante e avaliará se somente a perspectiva de manutenção da taxa básica de juros por um período suficientemente longo assegurará tal convergência. Essa estratégia foi considerada a mais adequada para garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante”, comunica na ata.

Embora uma recessão no radar tenha gerado queda na demanda global de commodities, aliviando as perspectivas inflacionárias, o BC avalia ainda riscos inflacionários com pressões advindas da guerra no Leste Europeu e da política chinesa de combate à Covid-19. No cenário doméstico, o BC demonstra preocupação com a ampliação temporária dos benefícios sociais. “O Comitê avalia que políticas temporárias de apoio à renda devem trazer estímulo à demanda agregada e que o prolongamento de tais políticas pode elevar os prêmios de risco do país e as expectativas de inflação à medida que pressionam a demanda agregada e pioram a trajetória fiscal”, diz o documento.

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