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Os bons sinais vindos do IPCA mesmo com a aceleração no mês

Inflação foi de 0,12% em julho, primeira aceleração em seis meses; analistas apontam melhora nos núcleos

Por Larissa Quintino Atualizado em 11 ago 2023, 11h30 - Publicado em 11 ago 2023, 10h57

A inflação oficial do Brasil acelerou para 0,12% em julho, após uma deflação em junho. Apesar do resultado ter vindo acima do esperado pelo mercado — que estimava uma variação próxima da estabilidade, com aceleração de 0,08%.  Apesar do dado acima do esperado, analistas veem bons sinais vindos da leitura da inflação, em especial a desaceleração de serviços subjacentes.

“Qualitativamente,  já algumas sinalizações indicam que a inflação apresentou uma composição saudável, com esse alívio sobre os preços de serviços, que vêm sendo a lupa do Banco Central”, afirma Marco Caruso, economista do PicPay. Os serviços são seguidos de perto pelo BC já que servem como termômetro das pressões de demanda sobre os preços. No terceiro trimestre do ano passado, quando a inflação registrou deflações consecutivas, o BC manteve os juros em 13,75% justamente por pressões nos serviços subjacentes. 

“Apesar do headline pior, a abertura foi muito boa”, afirma Andrea Damico, economista chefe da Armor Capital sobre o resultado. “Houve alta em bens industriais, em especial os duráveis, algo que está relacionado fim do desconto de automóveis — e é um efeito pontual. Essa dado dos serviços subjacente, com a desaceleração é muito importante. O processo de desinflação não é linear. Tem volatilidade. O importante é a tendência e ela está muito evidenciada”, diz.

Para os próximos meses, o economista-chefe da Constância Investimentos, Alexandre Lohmann, afirma que é esperada a aceleração da inflação, com duplo efeito do El Niño e a recomposição de preço dos combustíveis. “Mas a abertura deve continuar benigna, com preços dos serviços e núcleos em desaceleração”.

A aceleração da inflação, no entanto, não deve mudar a condução da política monetária do Copom,  que começou a cortar as taxas de juros e  sinaliza mais reduções até o fim do ano. “Apesar do número acima das expectativas e da reversão do processo de queda no acumulado em 12 meses, acredito que a leitura de julho não produzirá mudanças relevantes nas percepções do que deve vir pela frente e terá pouco impacto nas discussões de política monetária. Na realidade, é possível que o mercado continue testando a possibilidade de um aumento no ritmo de corte da Selic”, pondera Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.

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