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Os cinco pedidos de Simone Tebet a Lula 

A ministra do Planejamento apresenta ainda hoje uma primeira versão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); segundo ela, texto vai 'assustar'

Por Pedro Gil Atualizado em 14 abr 2023, 19h29 - Publicado em 14 abr 2023, 17h17

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, fez cinco pedidos ao presidente Lula, ainda à época da eleição. Enquanto negociavam apoio no segundo turno, Tebet pediu ao então candidato que priorizasse a educação básica, que tratasse da disparidade salarial entre homens e mulheres, que zerasse a fila de exames, consultas e cirurgias e que os ministérios fossem mais paritários. 

Ao menos por hora, Lula tem cumprido com quase tudo que prometeu a ela. Em março, ele apresentou um projeto de lei que pune duramente o empregador que pagar salários diferentes para homens e mulheres que desempenhem as mesmas funções; nesta semana, o Executivo anunciou que prepara uma Medida Provisória (MP) para destravar obras paralisadas ou inacabadas na educação básica; em fevereiro, o governo lançou um programa para zerar filas nos hospitais e deve empenhar 600 milhões de reais para reduzir a espera de pacientes do SUS.

O único pedido não atendido de pronto por Lula, segundo ela, foi ter recebido o ministério. Tebet garante que queria dar um tempo na vida pública. “Eu não queria mesmo”, revelou ela em evento no interior de São Paulo. “Tudo bem, só não fale isso publicamente”, pediu Lula, já pensando em fazê-la mudar de ideia. Caso ela falasse, pensou o petista, ficaria difícil voltar atrás. 

Segundo a ministra, os pedidos não condicionariam seu apoio a Lula, mas ajudariam a diminuir resistências no Mato Grosso do Sul, seu estado natal e amplamente conservador. “Eu não desembarco no aeroporto da minha cidade, não consigo usar o elevador do meu prédio…”, lamentou. 

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No segundo turno, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi o candidato mais votado no estado. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-MS), Bolsonaro obteve 880.606 votos, o equivalente a 59,49% dos votos válidos, e Lula, 559.547, o que representa 40,51%.

LDO

Passados mais de 100 dias do episódio, Simone Tebet encara seu maior desafio à frente do Ministério do Planejamento. Ela vai entregar até o fim do dia a Lei de Diretrizes Orçamentárias ao Congresso, que estabelece metas e prioridades do governo federal para 2024. O projeto será protocolado apenas por uma questão burocrática, já que o prazo limite para a apresentação da matéria vence no próximo dia 15. Por isso, o texto considerará a regra atual do teto de gastos de forma temporária. No entanto, um memorando será encaminhado com os parâmetros das futuras regras fiscais. “A LDO vai mostrar o Brasil real, o Brasil que nós temos em relação às contas públicas e, sim, vai assustar. Vai mostrar que não tem espaço fiscal para absolutamente nada de novo e, ao contrário, nós teríamos que tirar de despesas discricionárias”, disse Tebet.

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