O silêncio da EA após racismo com Vinícius Jr. na La Liga
A futura principal patrocinadora da LaLiga já foi eleita uma das empresas mais odiadas dos Estados Unidos por práticas consideradas predatórias
Futura patrocinadora do Campeonato Espanhol, a EA Sports silenciou após novo caso de racismo na La Liga. O grupo não retornou os contatos de VEJA ao ser questionado se está acompanhando o caso de Vinícius Jr, chamado de “mono” (macaco, em espanhol) pela torcida local durante uma partida contra o Valência, no domingo, 21.
A EA Sports substituirá o banco Santander como principal patrocinador da competição a partir da próxima temporada. A empresa de jogos eletrônicos adquiriu o espaço por 30 milhões de euros, valor bem superior aos 17 milhões de euros que o Santander pagava anualmente. O contrato será válido por cinco anos. O Santander abriu mão de renovar o compromisso com o Campeonato Espanhol ainda no ano passado também por causa dos recorrentes casos de racismo na competição.
O silêncio da EA em episódios de crise não surpreende, para seus muitos críticos. Em 2012 e 2013, a empresa foi nomeada a “Pior Empresa da América” pela Consumerist. Em 2018, foi nomeada a 5ª empresa mais odiada dos Estados Unidos pelo USA Today. A má fama é fruto de práticas consideradas predatórias na indústria dos games, como microtransações — compra de itens virtuais em jogos pagos —, loot boxes — mecanismo de premiação aleatória que se assemelha às máquinas de caça-níquel — e aquisição de estúdios ou operações menores para, em seguida, remover sua originalidade ou fechá-los. A marca FIFA, carro-chefe da empresa, é objeto de críticas dos jogadores a cada lançamento anual, por incluir todas essas práticas.
A empresa estampará seu nome tanto na liga principal, quanto na La Liga Promises, o torneio juvenil da liga espanhola, e também na eLa Liga, torneio de futebol virtual.