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O desemprego nos Estados Unidos e a pressão ao Fed por mais juros

Em setembro foram criadas 263 mil novas vagas e o desemprego no país atingiu 3,5%; mercado de trabalho aquecido impulsiona o consumo e a inflação

Por Luisa Purchio Atualizado em 7 out 2022, 16h33 - Publicado em 7 out 2022, 10h46

O Payroll, pesquisa de dados da criação de empregos mensal nos Estados Unidos, foi divulgado nesta sexta-feira, 7, pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS, na sigla em inglês), e trouxe números positivos sobre a economia americana, porém negativos do ponto de vista da inflação e da pressão para Jerome Powell, presidente do Federal Reserve Bank, continuar a subir os juros para conter a alta de preços que atinge fortemente o país.

A economia continua bastante aquecida e, em setembro, foram criados 263 mil empregos, abaixo do mês anterior, quando surgiram 315 mil postos de trabalho, mas acima da expectativa dos economistas da Bloomberg, que estimaram 250 mil novos empregos. “Notavelmente, os ganhos de emprego ocorreram no lazer e na hospitalidade, e na área da saúde”, disse o BLS em nota. O índice de desemprego americano, por sua vez, caiu para 3,5%, atingindo novamente o patamar pré-pandemia. A queda ficou abaixo da estimativa dos economistas e também do número do mês anterior, ambos em 3,7%.

Já os ganhos médios por hora cresceram em setembro 0,3% em relação ao mês anterior, e 5% em relação ao ano anterior. Os números apontam uma desaceleração em relação aos dados de agosto, porém são historicamente elevados e continuam impulsionando o consumo das famílias, pressionando a inflação no país. “Será difícil conciliar uma queda mais sustentada da inflação com um mercado de trabalho ainda bastante aquecido. Os dados revelam que a demanda seguirá como um fator de pressão sobre os preços”, diz Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research.

Juros

Esta divulgação do Payroll é a última antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Fomc, na sigla em inglês) do Fed, a se realizar no início de novembro, portanto, seus dados são fundamentais para a decisão do banco central americano, que considerará ainda os números da inflação que serão divulgados até lá. De acordo com as sinalizações da última reunião e com os indicadores econômicos divulgados até agora, a expectativa é que haverá mais uma elevação de 0,75 ponto porcentual e que os juros no país atingirão 3,75%.

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