O bloqueio dos EUA a cinco empresas chinesas que apoiam a Rússia
Por indiretamente ajudar na continuidade da Guerra na Ucrânia, companhias de tecnologia foram colocadas na lista de restrições dos EUA
Cinco empresas chinesas foram bloqueadas pelos EUA após ignorarem as sanções à Rússia e ajudarem o país em guerra. Segundo o Departamento de Comércio, as companhias estariam fornecendo apoio tecnológico e/ou logístico à base industrial militar da Rússia e, em última análise, contribuindo para a continuidade da guerra. Nesta semana, Connec Electronic, King Pai Technology, Sinno Electronics, Winninc Electronic e World Jetta Logistics entraram na lista de companhias que o governo americano restringe acesso a tecnologias desenvolvidas na maior economia do mundo.
Após a invasão da Rússia na Ucrânia, em 24 de fevereiro, o governo impôs diversas sanções econômicas, inclusive a proibição da venda de produtos de alta tecnologia à Rússia e a Belarus. Em abril, o Departamento do Comércio já havia anexado à lista de embargo 120 empresas desses dois países, atuantes nos setores aeroespacial, marítimo e de defesa. As entidades estariam fornecendo recursos às forças armadas durante a guerra. “Os Estados Unidos têm capacidade para detectar, identificar e restringir entidades na Rússia, Belarus ou em outros lugares que buscam apoiar esse esforços bélicos”, disse a secretária de Comércio Gina Raimundo, em nota à imprensa, divulgada pelo departamento naquele mês.
Já nesta semana, a adição das empresas chinesas à lista de proibição de exportação, além de aumentar a tensão com a segunda economia do mundo, indica novos passos do governo Biden para, de fato, restringir empresas que eventualmente forneçam apoio técnico à Rússia. Também nesta semana, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou ter alcançado, desde a invasão, 330 bilhões de dólares em ativos russos bloqueados pelos aliados na Otan, cerca de 30 bilhões de oligarcas russos próximos do governo e 300 bilhões do Banco Central da Rússia.