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Monti é elogiado por Merkel em Berlim

Chanceler alemã apóia medidas tomadas pelo governo italiano. Mário Monti queixa-se de que os esforços não tiveram o reconhecimento do mercado

Por Da Redação
11 jan 2012, 14h32

A chefe do governo alemão, Angela Merkel, cobriu de elogios nesta quarta-feira seu homólogo italiano, Mario Monti, que visita Berlim em busca de reconhecimento por seus esforços de reformas. A chanceler manifestou seu “grande respeito” pelo conteúdo e a rapidez das reformas realizadas na Itália.

“O primeiro-ministro italiano e seu governo têm adotado em alguns dias medidas extraordinariamente importantes”, disse Merkel em uma coletiva de imprensa conjunta com o chefe do governo italiano, Mario Monti.

Segundo a chefe de governo, tanto a essência destas reformas quanto sua rapidez reforçarão a Itália e melhorarão suas perspectivas econômicas. “Globalmente, creio que o trabalho do governo italiano está sendo recompensado”, disse Merkel.

Em uma entrevista ao jornal Die Welt, publicada nesta quarta-feira, Monti queixou-se de que os esforços realizados por seu país para resolver a crise financeira e tranquilizar os investidores não geraram o reconhecimento merecido, e advertiu sobre o surgimento de movimentos antieuropeus na Itália.

Na coletiva de imprensa, Monti afirmou que queria mais reconhecimento dos mercados financeiros, que impõem à Itália taxas de juros cada vez mais altas durante as emissões de dívida. “Os italianos compreenderam a necessidade de disciplina, mais até do que eu pensava”, disse Monti, que espera “ver uma redução das taxas nos mercados financeiros”.

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Para a agência de classificação financeira Fitch, no entanto, a situação da Itália é “explosiva”. Por isso, a agência pediu aos europeus para que se protejam contra um eventual declínio econômico da Itália.

Monti espera que seu plano econômico permita tranquilizar os mercados, que continuam exigindo do país juros próximos a 7% pela dívida com vencimento a dez anos, que são considerados insustentáveis no longo prazo. “Espero que a boa conduta política se transforme em taxas de juros mais razoáveis”, disse nesta quarta-feira.

Segundo Monti, a Itália não possui risco de contágio, pois o déficit público do país foi de 2,7% no terceiro trimestre de 2011, seu nível mais baixo desde o final de 2008. A Alemanha, motor da economia europeia, apresentou déficit público inferior a 1% do PIB em 2011.

Reunião francesa – Enquanto isso, em Paris, a diretora-gerente do FMI Christine Lagarde reuniu-se com o presidente francês Nicolas Sarkozy para tratar da “situação econômica internacional” e em particular a da zona do euro. Apesar de o teor oficial das reuniões não ter sido divulgado, a Grécia provavelmente segue sendo o centro das atenções.

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Bruxelas informou na última terça-feira que as negociações entre Atenas e os bancos para que perdoem ao menos a metade da dívida grega em seus balanços estavam prestes a serem concluídas. As novas entregas de ajuda financeira à Grécia, imprescindíveis para evitar a quebra, depende do resultado dessas negociações e da aplicação por Atenas das reformas exigidas pelos credores internacionais, europeus e FMI.

A chefe do FMI, que se reuniu na véspera com Merkel em Berlim, deve reunir-se com outros dirigentes europeus antes da reunião de 30 de janeiro para definir a maneira correta de controlar a crise da dívida, cuja propagação continua ameaçando a Itália.

Merkel e Sarkozy, que se reuniram na segunda-feira, disseram que a situação da Europa continua sendo “muito tensa”.

(com Agence France-Presse)

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