MMX Sudeste, de Eike Batista, tem falência decretada
Conforme antecipou VEJA, a tentativa de salvação da companhia envolvia aporte milionário de empresa chinesa com apenas 128 dólares em caixa

A MMX Sudeste, empresa de mineração de Eike Batista, teve decretada a sua falência pela 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte nesta quarta-feira, 5. A decisão da juíza Cláudia Batista teve como base o descumprimento do Plano de Recuperação Judicial (PRJ): “Por diversas vezes nos autos os credores e o Administrador Judicial noticiaram o não cumprimento das obrigações impostas no PRJ e seu aditivo o que, por si só, já é suficiente para embasar o decreto de falência”, diz a sentença.
A empresa estava em recuperação judicial desde 2014 e foi acusada de práticas fraudulentas. Recentemente, a MMX anunciou que o fundo de private equity China Development Integration Limited (CDIL) faria um investimento milionário na mineradora, a qual, além da MMX Sudeste, também conta com a MMX Corumbá, cuja situação também está em estágio falimentar. Porém, conforme antecipou VEJA, a Associação Brasileira de Investidores (Abradin) constatou que o fundo, sediado em Hong Kong, possuía apenas 128,6 dólares de capital.
Em uma semana, após o anúncio do suposto investimento do fundo CDIL, os papéis da MMX na bolsa de valores chegaram a valorizar 102%, passando de 17,80 reais para quase 40 reais. Nesta quarta-feira 5, as ações da empresa encerraram o pregão a 25,70 reais. A falência será publicada no Diário Oficial no próximo dia 7. No caso da MMX Corumbá, um novo julgamento a ser realizado em 19 de maio pode determinar a falência da empresa em segunda instância.