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Ministra culpa oposição por rumor sobre o Bolsa Família

Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, acusa a oposição de ter espalhado boatos sobre fim do programa. Vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias, diz que atitude de ministra foi "irresponsável"

Por Jean-Philip Struck
20 Maio 2013, 14h47

A ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, acusou a oposição de espalhar rumores sobre o fim do programa Bolsa Família. Em seu perfil do Twitter, Maria disse que “Boatos sobre fim do Bolsa Família deve (sic) ser da central de notícias da oposição. Revela posição ou desejo de quem nunca valorizou a política.”, escreveu a ministra na manhã desta segunda. Mais tarde, ela tentou voltar atrás e fez nova publicação no microblog afirmando não ter nenhuma “indicação formal da origem de boatos”.

O rumor, que surgiu no sábado, levou milhares de pessoas em pelo menos doze estados a procurar a Caixa Econômica Federal para sacar o benefício deste mês. Em alguns estados também circulou o boato de que o programa iria disponibilizar um suposto pagamento “extra” de Dia das Mães, o que também atraiu pessoas para as agências. A corrida aos bancos ocorreu principalmente em cidades do Nordeste, do Norte e no Rio de Janeiro.

A Caixa publicou nota em seu site na noite de sábado dizendo que “o pagamento do programa Bolsa Família ocorre normalmente de acordo com calendário estipulado pelo Governo Federal. A Caixa esclarece ainda que não procede a informação de que hoje [sábado] seria o último dia para o pagamento do Bolsa Família. O banco também negou qualquer tipo de pagamento extra.

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Sobre as críticas feitas pela ministra, o vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias, classificou a declaração da ministra como “irresponsável”. “É uma declaração irresponsável, o governo anunciou que investigará a origem do boato, mas a ministra se antecipa para tirar proveito político eleitoral”, disse em entrevista por telefone ao site de VEJA. “Se a oposição desejasse, poderia acusar o governo de ter criado esse boato para incriminar a oposição, mas isso seria uma irresponsabilidade, já que não temos provas – assim como a ministra não tem provas”, argumentou Dias.

O senador José Agripino (RN), presidente nacional do DEM, também comentou as críticas feitas por Maria do Rosário. “Eu acho que o cargo de ministra não permite leviandade nem meia leviandade, se ela acha que foi alguém da oposição, ela tem a obrigação de dar nomes, tem que endereçar”, disse. “O que deve estar irritando é que esse episódio expôs o governo.”

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Já o presidente da Mobilização Democrática (MD), Roberto Freire (SP), comparou a acusação da ministra com o plano Cohen, articulado por Getúlio Vargas em 1937 para provocar a instabilidade no país e promover um golpe de estado. “Será que o governo está tentando criar outras fraudes históricas para atentar contra a democracia?”, questionou o parlamentar. Freire afirmou que o partido estuda convocar Maria do Rosário para dar explicações sobre as declarações, classificadas por ele como “levianas” e “irresponsáveis”. “É evidente que a oposição pode até interpelar essa ministra pela sua irresponsabilidade”, disse.

A Polícia Federal já informou que vai investigar a onda de boatos que percorreu vários estados. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, negou a possibilidade de suspensão dos benefícios e garantiu que o calendário de pagamentos continua em vigor.

(com Estadão Conteúdo)

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