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Mercedes-Benz decide ir à Justiça contra greve que já dura uma semana

Trabalhadores querem aumento real de salários, mudança no cálculo da PLR e manutenção de cláusulas acertadas em um acordo anterior

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 22 Maio 2018, 21h06 - Publicado em 22 Maio 2018, 18h43

A Mercedes-Benz, que enfrenta uma greve dos trabalhadores na fábrica de São Bernardo do Campo há uma semana, decidiu levar o impasse à Justiça. A disputa envolve reivindicações salariais, participação em lucros ou resultados e alguns benefícios que foram acertados em acordo anterior e agora estão em risco.

Para o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que representa os funcionários da fábrica, a decisão da empresa de ir à Justiça significa um “retrocesso” no histórico de negociações entre as duas partes. “Foi precipitado. Na história dos trabalhadores na Mercedes, os impasses sempre foram resolvidos numa mesa de negociações”, disse o diretor-executivo do sindicato, Moisés Selerges. “Vamos continuar tentando restabelecer um diálogo com a direção. Dialogar é sempre a saída mais inteligente”, reforçou.

Em campanha salarial, com data-base em maio, os 8.000 trabalhadores da fábrica cruzaram os braços na segunda-feira, 14. No início, eles exigiam que a montadora, além de dar aumento real de salários, desistisse de demitir 340 funcionários da área administrativa, mudasse o cálculo da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) e mantivesse algumas cláusulas acertadas em um acordo anterior.

Alguns dos itens em discussão são o tempo de estabilidade para trabalhadores que sofreram algum acidente e o complemento que eles recebem da empresa por quatro meses para que o auxílio-doença recebido pelo INSS chegue ao mesmo valor do salário.

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Segundo o sindicato, a questão das demissões foi superada, pelo menos por enquanto, com a empresa desistindo do corte de vagas. O impasse, no entanto, ainda continua com o reajuste salarial, a PLR e os benefícios. A empresa chegou a oferecer reposição do salários pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além de um abono não vinculado aos vencimentos, mas os trabalhadores rejeitaram a proposta em assembleia.

“Considerando a continuidade da paralisação e a impossibilidade de uma solução negociada, a Mercedes-Benz do Brasil decidiu submeter a discussão à Justiça do Trabalho”, escreveu a empresa em nota enviada à imprensa.

A greve ocorre em um momento em que o setor volta a crescer. A fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo é destinada à produção de caminhões e ônibus. Tais segmentos, respectivamente, apresentam crescimento de 54,9% e 81,7% no acumulado de janeiro a abril ante igual intervalo do ano passado, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A fábrica da Mercedes, que com a crise passou a produzir em somente um turno, deve voltar aos dois turnos no segundo semestre deste ano, conforme tem dito em entrevistas o presidente da empresa no Brasil, Philipp Schiemer. A unidade, que tem capacidade para produzir 80 mil veículos por ano, tem operado no limite de apenas um turno.

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