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Mercado projeta aumento do déficit primário em 2025

As projeções do relatório Prisma indicam que as despesas públicas continuarão superando as receitas neste e no próximo ano

Por Luana Zanobia Atualizado em 14 mar 2024, 13h41 - Publicado em 14 mar 2024, 11h36

O panorama econômico traçado pelos analistas de mercado, com base nos dados compilados pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, revela um desafio contínuo para o governo brasileiro nos próximos anos. As projeções apontam para déficits primários em 2024 e 2025, indicando que as despesas públicas continuarão superando as receitas.

Segundo o boletim Prisma Fiscal de março, o déficit esperado para 2024 é de 82,8 bilhões de reais, uma leve melhoria em relação à projeção anterior, de 83,9 bilhões de reais, feita em fevereiro. No entanto, o governo busca reverter essa tendência negativa e almeja alcançar um superávit primário de 2,8 bilhões de reais ainda neste ano, de acordo com a Lei Orçamentária Anual. Para o próximo ano, as projeções indicam um déficit ainda maior, estimado em 86,5 bilhões de reais, em comparação com a projeção anterior, de 79,7 bilhões de reais. 

A questão do controle de despesas também surge como um ponto crítico. Embora haja uma leve redução esperada nos gastos totais do governo central para 2025, a contenção do crescimento das despesas enquanto se atende às necessidades essenciais da população representa um desafio complexo. As projeções indicam um pequeno aumento nos gastos totais do governo central para este ano, passando de 2,1 trilhões de reais para 2,2 trilhões de reais. Já para 2025, houve uma ligeira redução na estimativa, para 2,3 trilhões de reais. A redução da despesa é parte fundamental para o governo conseguir alcançar superávit, no entanto, o aumento com gastos sociais é um dos entraves para essa redução.

Um aspecto encorajador são as revisões positivas nas previsões de receitas federais para os próximos anos, o que sugere que o mercado enxerga com otimismo a capacidade do governo de arrecadar fundos. De acordo com o Prisma deste mês, a estimativa para a arrecadação federal em 2024 subiu de 2,5 trilhões de reais para 2,6 trilhões de reais, enquanto para 2025 aumentou para 2,7 trilhões de reais. No entanto, mesmo com esses aumentos nas receitas projetadas, o desafio de equilibrar as contas públicas persiste, especialmente diante da necessidade de financiar as crescentes demandas sociais e econômicas.

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A gestão da dívida pública continua sendo uma preocupação, apesar das projeções indicarem uma leve diminuição na estimativa da Dívida Bruta do Governo Geral em relação ao PIB. A mediana das projeções dos analistas do Prisma mostra uma leve diminuição em relação ao PIB para os anos de 2024 e 2025. Para 2024, a estimativa caiu de 77,67%, para 77,50%, enquanto para 2025 passou de 80,10% para 80,09%.

As projeções econômicas apresentadas destacam os desafios significativos que o governo brasileiro enfrentará nos próximos anos. A busca por um equilíbrio nas contas públicas, o controle do déficit e a gestão responsável da dívida permanecem como prioridades cruciais. A capacidade do governo de implementar políticas eficazes para enfrentar esses desafios determinará em grande medida a saúde financeira e econômica do país no futuro.

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