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Mercado financeiro vê desaceleração da inflação e PIB mais forte em 2023

Projeção para o IPCA caiu de 6,05%, há um mês, para 5,71% nesta semana, mas ainda segue acima do teto; Previsão de crescimento é de 1,26%

Por Larissa Quintino Atualizado em 29 Maio 2023, 13h44 - Publicado em 29 Maio 2023, 08h50

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central cortaram, pela segunda semana seguida, a projeção para a inflação deste ano. Segundo dados do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 29, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 5,71%. A projeção é inferior aos 5,80% da semana passada e aos 6,05% de um mês atrás, porém, segue acima do teto da inflação, de 4,75% para este ano. Enquanto a projeção para a inflação caiu, a do PIB subiu. Segundo os analistas, a economia brasileira deve avançar 1,26% neste ano, acima do 1,20% estimado na semana passada e o 1% projetado no mês passado.

A revisão das expectativas para a inflação ocorre uma semana após a aprovação do arcabouço fiscal, na Câmara dos Deputados. O texto, que prevê novas regras fiscais para substituir o teto de gastos, vai para o Senado. A expectativa de uma trajetória melhor para a dívida tem impacto nas projeções da inflação mais a longo prazo e ajudam a desacelerar a pressão sobre as expectativas, como juros futuros e o câmbio — no caso do dólar, os analistas consultados pelo Focus diminuíram de 5,15 reais para 5,11 reais o câmbio nesta semana. Além do arcabouço, entram na conta a nova política de preços da Petrobras, com a redução do valor dos combustíveis e o impacto no setor de transportes, importante na cesta inflacionária. O IPCA-15, prévia da inflação, está acumulado em 4,07% em 12 meses, de acordo com o índice de maio — ou seja, dentro da meta.

As projeções de inflação menor pressionam o Banco Central para o corte da taxa de juros, mas os analistas de mercado continuam a projetar um índice mais lento para o processo. O Focus mantém a Selic em 12,50% ao fim deste ano. Atualmente, a taxa está em 13,75%.

No caso do PIB, a revisão do crescimento acontece após a divulgação do índice de atividade econômica (IBC-Br) do primeiro trimestre. A “prévia do PIB” mostrou um crescimento de 2,41% no início deste ano, após um tombo de 1,46% no fim do ano passado, o que pesava na projeção de desaceleração no começo deste ano. Além dos serviços, que sustentaram boa parte do crescimento do ano passado, a indústria se recuperou em março e o agronegócio apresenta uma safra melhor que o esperado. Essas surpresas no primeiro trimestre fazem com que as projeções de crescimento para o ano melhorem, conforme mostra reportagem de VEJA desta semana.

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