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Mercado financeiro já prevê PIB de 2020 abaixo dos 2%

Segundo Boletim Focus, crescimento deve ficar em 1,99% com avanço do coronavírus; revisão não leva em conta a nova crise do petróleo

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 mar 2020, 09h27 - Publicado em 9 mar 2020, 09h26

Analistas do mercado financeiro reduziram para 1,99% a previsão de crescimento da economia em 2020, segundo dados do Boletim Focus desta segunda-feira, 9.  Esta é a quarta vez consecutiva que economistas revisam a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB). Os cortes coincidem com a disseminação da epidemia da doença causada pelo novo coronavírus, que desacelera economias mundo a fora. Até o momento, o país têm 25 casos confirmados.

Apesar dos sucessivos cortes, a economia este ano deve crescer mais que nos últimos três anos, conforme VEJA mostrou. Na semana passada, o IBGE divulgou o resultado do PIB de 2019, que cresceu apenas 1,1%, abaixo inclusive do desempenho de 2018 e 2017, quando o avanço foi de 1,3%. Mesmo com o temor do coronavírus, a economia brasileira caminha para ter o melhor resultado desde 2013, quando cresceu 3%. A expectativa é que o avanço de reformas que tramitam no Congresso, como a PEC emergencial, possa ajudar no desenvolvimento, mesmo com os impactos do coronavírus mundo afora.

A previsão desta semana para o PIB, entretanto, não leva em consideração a crise do petróleo que derrubou bolsas mundo afora nesta segunda-feira, 6. Uma disputa entre os Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia devido a guerra de preços do produto devido a desaceleração global da produção fez com que o valor do barril caísse quase 30% na abertura da semana. 

Na sexta-feira 6, a Opep e a Rússia não alcançaram um acerto em Viena para recortar novamente sua produção para tentar conter a queda dos preços do petróleo. A Rússia, o principal aliado da Opep, se opôs a reduzir a produção para manter os preços altos.

Além da revisão para o PIB, os analistas ouvidos pelo Banco Central também elevaram as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA , que mede a inflação oficial no país. A previsão para o indicador saiu de 3,19% para 3,20% no ano. Apesar da mudança ligeira. é a primeira vez em nove semanas que o indicador é revisto para cima e não para baixo. O valor está abaixo da meta estabelecida de 4% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN),mas dentro da margem de erro, que é de meio ponto porcentual para mais ou para menos.

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A projeção para a taxa básica de juros (Selic), por sua vez, permaneceu em 4,25% ao ano, mesmo com o indicativo do Banco Central que deve fazer um corte adicional da taxa de juros na próxima reunião, seguindo o Federal Reserve (FED, banco central dos Estados Unidos), que cortou taxas para tentar estimular a economia durante a economia do coronavírus.

A projeção para o dólar também se manteve em 4,25 reais. Na semana passada, a moeda americana disparou, tendo fechado a semana cotada  4,63 reais e a expectativa é que a cotação suba ainda mais nesta segunda-feira.

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