Manifestante ataca presidente do BCE durante coletiva
Jovem, que estava em meio aos jornalistas, subiu na mesa diante de Draghi gritando em inglês "Parem com a ditadura do BCE!"
Uma jovem manifestante tentou atacar Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, na sede da instituição em Frankfurt, que foi interrompida por alguns momentos. A mulher de 20 anos, que estava em meio aos jornalistas presentes, subiu na mesa diante de Draghi gritando em inglês “Parem com a ditadura do BCE!”, enquanto jogava confetes no presidente do banco.
Depois de uma breve suspensão, a coletiva foi retomada sem maiores incidentes. A manifestante foi escoltada pelos serviços de segurança. O BCE tem sido frequentemente alvo de protestos, mas é a primeira vez que um manifestante consegue se infiltrar no prédio da entidade e realizar este tipo de ataque.
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Em comunicado, a autoridade monetária informou que uma equipe está investigando o incidente. “Informações iniciais sugerem que a ativista se registrou como jornalista de uma organização de imprensa que não representa”, informou o BCE. “Assim como todos os visitantes do BCE, ela passou por checagem de identidade, pelo detector de metais e por um raio-x de sua bolsa, antes de entrar no edifício”, acrescentou.
Ao fim da coletiva, Draghi foi aplaudido por algumas pessoas presentes e disse: “Esses aplausos são reconfortantes”.
Estímulos – Na ocasião, Draghi afirmou que não tem planos para limitar ou reduzir seu programa de impressão de dinheiro, embora espere que a recuperação econômica da zona do euro se amplie e se fortaleça. “Nosso foco será sobre a implementação total de nossas medidas de política monetária”, disse
No mês passado o BCE embarcou num programa de compra de ativos com 60 bilhões de euros de dinheiro novo por mês, que segundo a instituição vai durar até pelo menos setembro de 2016. “As compras devem ocorrer até o final de setembro de 2016 e, de qualquer modo, até que vejamos um ajuste sustentável na trajetória de inflação”, disse. A meta é que a inflação se estabilize em cerca de 2%.
(Da redação)