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Major Olímpio diz que vota contra proposta de Temer para Previdência

Bolsonaro afirmou que se se encontrará com Temer para discutir a possibilidade de aprovar uma parte da reforma neste ano

Por Redação
Atualizado em 30 out 2018, 20h08 - Publicado em 30 out 2018, 19h39

A tentativa de aprovação ainda neste ano da proposta de reforma de Previdência enviada por Michel Temer ao Congresso parece ter causado o primeiro racha da equipe de governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. Tanto o futuro mandatário quanto Paulo Guedes, que assumirá o ministério da economia, defendem a aprovação da reforma ainda em 2018.

Mas o deputado e senador eleito por São Paulo Major Olímpio (PSL) disse que vota contra a proposta, caso ela entre em pauta. Outro aliado, Onyx Lorenzoni, futuro ministro-chefe da Casa Civil, afirmou que não há condições de aprovar a proposta de Temer, chamada por ele de “remendo”. “Queremos um projeto de longo prazo, para cerca de 30 anos. Não se pode olhar caixa de curto prazo, como na proposta de Temer”, disse Lorenzoni. 

Lorenzoni acabou sendo desautorizado depois por Paulo Guedes, que disse que esse assunto era da área econômica. “Houve gente do próprio futuro governo falando que não tem pressa de fazer reforma da Previdência. O jornalista que fez a pergunta está dizendo que o Onyx, que é coordenador político, falou de banda cambial. Ao mesmo tempo, está dizendo que o Onyx falou que não tem pressa na Previdência. Aí o mercado cai. Estão assustados por quê? É um político falando de economia. É a mesma coisa do que eu sair falando de política. Não dá certo, né?”, afirmou Guedes.

Major Olímpio afirmou que o projeto do Palácio do Planalto tem vários pontos que já foram questionados pelo Legislativo. “A reforma é necessária, mas os parâmetros da proposta da PEC 287 estão equivocados. Na prática, se a 287 for colocada (em discussão), não passa. Eu mesmo voto contra”, disse o aliado de Bolsonaro. “Pelo pouco que conheço da Câmara, se essa proposta for apresentada, ela não passará, pois suprime alguns direitos e não inclui categorias, como agentes e guardas municipais”, disse. “Uma coisa é a necessidade da reforma, outra é a questão política.”

Major Olímpio lembrou ainda que é preciso também entender a situação do Congresso, já que “metade” dos parlamentares não foi reconduzida. O senador eleito avaliou ainda que há muita dificuldade em se votar propostas da área economia neste ano devido ao pouco tempo para a tramitação. Mesmo assim, o parlamentar disse que a bancada vai aguardar as diretrizes do presidente Bolsonaro e do “professor Paulo Guedes”, que irá conduzir o processo.

Segundo os líderes partidários, o calendário apertado, a complexidade da matéria e o acúmulo de outras propostas essenciais na pauta devem impedir o avanço do tema ainda nesta legislatura. “Vai exigir um esforço conjunto muito grande para isso poder acontecer”, disse o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

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O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), evitou dar prazos e comentar se é possível ou não aprovar a Reforma da Previdência na Casa ainda neste ano. Ele disse que abrir um prazo para votação agora seria cometer o mesmo erro que foi cometido no ano passado quando não havia base para aprovar o projeto. “Não é uma articulação simples, devemos ter paciência”, disse.

Maia acredita que a reforma deve ser ampliada e abranger temas dentro da Previdência que foram deixados de lado ao longo das discussões. “Hoje o que está colocado é apenas uma discussão do estoque de regra de transição e de regra de idade mínima. No futuro, vai ter de centrar em outras discussões”, afirmou.

(Com Estadão Conteúdo)

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