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Maia: aprovação da reforma será vitória do Parlamento, não do governo

Presidente da Câmara afirmou que é preciso 'ficar claro' que eventual sucesso da proposta será resultado da dedicação dos deputados

Por Reuters 8 jul 2019, 15h58

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reiterou nesta segunda-feira a confiança na aprovação da reforma da Previdência no plenário da Casa nesta semana, e disse que será uma vitória construída pelo Parlamento e não pelo governo, de quem cobrou medidas para fortalecer a economia.

“Vamos viver uma semana decisiva com o grande desafio que é a votação em plenário”, disse. Segundo ele, a Câmara já tem hoje os 308 votos necessários entre os 513 deputados para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma previdenciária – e caminha para ter mais votos até a votação em primeiro turno, prevista para terça-feira.

“A construção do texto foi uma construção parlamentar, e a construção da vitória, se ela acontecer, será uma construção do Parlamento, não será uma construção do governo”, disse Maia em podcast semanal.

“O governo ajuda. Em alguns momentos atrapalhou, mas tem ajudado nas últimas semanas. Mas precisa ficar claro nesse processo, exatamente para que os deputados tenham o conforto para votar, que o resultado dessa semana será o resultado do esforço, do trabalho, da dedicação de cada deputado e de cada deputada”, acrescentou.

O desafio para o sucesso da votação agora, segundo o presidente da Câmara, é mobilizar os deputados para garantir a presença do maior número de parlamentares para votar.

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Maia disse que tem uma reunião com líderes nesta segunda-feira e pretende realizar a discussão da matéria no plenário da Câmara ao longo de toda a terça-feira, de forma a iniciar a votação no fim da tarde ou início da noite.

“Precisamos de presença. O ideal é que a gente tenha presença de mais de 490 para que não haja riscos no resultado dessa votação que é tão importante para o Brasil”, afirmou.

Maia também cobrou o Executivo a “retomar o protagonismo” na agenda econômica para criar empregos, e defendeu uma redução de juros depois que a reforma da Previdência for aprovada pelo Congresso.

“Esperamos que no momento seguinte, já no 2º semestre, a gente já possa ver redução de juros, porque ela ativa a economia. Que a gente possa ver propostas para a retomada mais rápida da geração de emprego, propostas de aumento da competitividade e, principalmente, aumento da produtividade do setor privado brasileiro”, afirmou.

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