Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Lula confirma que governo aumentará salário mínimo para R$ 1.320

Em entrevista à CNN, o presidente afirmou que a faixa de isenção para o Imposto de Renda subirá para 2.640 reais

Por Larissa Quintino Atualizado em 17 fev 2023, 13h29 - Publicado em 16 fev 2023, 12h35

Em busca de agenda positiva na área da economia após a briga aberta com o Banco Central, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o valor do salário mínimo vai subir dos atuais 1.302 reais para 1.320 reais, aumento de 1,38%. O valor do piso nacional anunciado por Lula foi previsto pelo Congresso no Orçamento de 2023. Além do piso, Lula disse que a faixa de isenção do Imposto de Renda subirá para dois salários mínimos, 2.640 reais. Atualmente, essa faixa é de 1.903 reais.

“É um compromisso meu com o povo brasileiro, que vamos acertar com o movimento sindical, está combinado com o Ministério do Trabalho, está combinado com o ministro Haddad, que a gente vai em maio reajustar para R$ 1.320 e estabelecer uma nova regra para o salário mínimo, que a gente já tinha no meu primeiro mandato”, afirmou em entrevista à CNN nesta quinta-feira, 16.

“O salário mínimo terá, além da reposição inflacionária, o crescimento do PIB, porque é a forma mais justa de você distribuir o crescimento da economia. Não adianta o PIB crescer 14% e você não distribuir. É importante que ele cresça 5%, 6%, 7% e você distribuí-lo para a sociedade. Nós vamos aumentar o salário mínimo todo ano de acordo com a inflação, será reposta, e o crescimento do PIB será colocado no salário mínimo”, disse. A oficialização do aumento do mínimo deve ser feita em 1º de maio, Dia do Trabalho. A correção do piso nacional é uma reivindicação das centrais sindicais, que se reuniram com o presidente no mês passado. Porém, no encontro, não houve sinalização firme se o aumento seria feito no Dia do Trabalho.

A política de reajuste do salário mínimo com base no PIB ficou vigente até o governo de Michel Temer, mas não encontrou sequência na gestão de Bolsonaro. O ex-presidente concedeu aumentos no piso apenas com base na inflação – que é previsto legalmente. Apenas no último ano o presidente Jair Bolsonaro autorizou um piso com aumento real. Pelo alto custo da medida, que varia entre 6 bilhões e 7 bilhões de reais, a gestão de Lula não reajustou o piso com o valor autorizado logo de saída e usa atualmente a decisão assinada por Bolsonaro.

Continua após a publicidade

No caso do Imposto de Renda, o presidente afirmou que a faixa de isenção subirá para 2.640 reais “a partir de agora”, porém não especificou se a correção vale para a entrega do IRPF de 2023, que tem o calendário de 2022 como base. A promessa de campanha do presidente era aumentar a faixa para 5.000 reais. Segundo ele, o patamar chegará aos 5.000 reais de forma progressiva. “Vai começar a partir de agora, nós vamos começar a isentar a partir de 2.640 e depois nós vamos gradativamente até chegar a  5.000 reais de isenção”, afirmou. A tabela do Imposto de Renda está sem correção desde 2015.

Assim como o aumento do mínimo, a correção de tabela do IR com vigência imediata encontrava resistência da ala econômica do governo, No caso do IR, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que seria preciso respeitar uma regra de anterioridade, ou seja, aprovar um ano antes para começar a valer no próximo. Segundo especialistas ouvidos por VEJA, no caso de isenção de impostos, essa regra não se aplica e poderia ser feita já para este ano. Durante o governo Dilma Rousseff (PT), a correção da tabela foi feita por medida provisória. Caso queira aumentar já para esta entrega do IR, o governo precisará publicar por esse instrumento. A Receita Federal divulgará as regras do IRPF de 2023 no próximo dia 27.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.