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Lula cobra que Haddad dialogue mais com o Congresso ‘em vez de ler livro’

Além da cobrança ao titular da Fazenda, presidente chamou outros ministros para participarem mais da articulação política

Por Larissa Quintino Atualizado em 22 abr 2024, 17h12 - Publicado em 22 abr 2024, 14h16

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou de seus ministros maior participação na articulação política com o Congresso Nacional.

Durante o evento de lançamento do programa Acredita, com medidas de crédito para pequenos negócios, o presidente pediu que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), seja “mais ágil” e converse mais com o Congresso. Haddad também levou “puxão de orelha” de Lula, que falou para o ministro deixar de ler livro e passe mais tempo dialogando com parlamentares.

“O Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad, em vez de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington (Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social), o Rui Costa (ministro da Casa Civil), passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B”, afirmou o presidente nesta segunda-feira, 22. “É difícil, mas a gente não pode reclamar, a política é exatamente assim. Ou você faz assim ou não entra na política”, completou Lula. 

A cobrança de Lula vem em um momento complicado da relação do Executivo com o Congresso Nacional. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a chamar o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de “incompetente”.  Na chamada pública aos ministros, Lula, entretanto, não mencionou Padilha.

A expectativa é de que o presidente se encontre nesta semana com Lira e também com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para desarmar as pautas-bomba que estão tramitando no Congresso e que podem ter impacto de 70 bilhões de reais nos cofres públicos. Se passarem, essas matérias podem aumentar (ou inviabilizar) o esforço do governo para cumprir a meta de resultado primário deste ano, que é de déficit zero. 

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Na última semana, depois do anúncio da revisão de metas fiscais de 2025 até 2028, Haddad cobrou publicamente o Congresso de compromissos com o lado fiscal, pedindo um pacto com o Parlamento para a aprovação de medidas arrecadatórias. O ministro também pediu aos parlamentares para que houvesse cuidado em aprovar projetos que aumentassem gastos. O ministro inclusive antecipou sua volta de Washington (EUA), onde participava de encontros do G20, para articular as pautas econômicas no Congresso Nacional.

Além de tentar desarmar as pautas-bomba, Haddad tem outro desafio que exigirá esforço extra de negociação do governo: a regulamentação da reforma tributária. O governo deve enviar os textos ainda nesta semana. Questionado por jornalistas sobre a fala de Lula no evento cobrando mais articulação, Haddad riu. “Eu só faço isso na vida”, afirmou.

No ano passado, a articulação próxima de Haddad com os presidentes da Câmara e do Senado garantiu ao governo a aprovação de importantes medidas da agenda econômica, como a PEC da reforma tributária e o arcabouço fiscal. Na agenda política, o governo teve mais derrotas que vitórias, como a derrubada do veto do marco temporal.

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