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Lucro dos bancos privados cai 9,4% em 2023, mas de maneira desigual

Lucro do Itaú e do BTG Pactual subiu, enquanto do Bradesco e do Santander caiu, em meio a avanço da inadimplência no ano

Por Juliana Elias Atualizado em 7 fev 2024, 20h15 - Publicado em 7 fev 2024, 19h04

Os quatro maiores bancos privados listados na B3 – Itaú, Bradesco, Santander e BTG Pactual – lucraram juntos, em 2023, 67,17 bilhões de reais. O valor é 9,4% menor que o do ano anterior, quando o lucro conjunto foi de 74,15 bilhões de reais. Os dados foram compilados por Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria, a partir da plataforma Com Dinheiro e dos dados informados pelos bancos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O valor total registrado está abaixo, também, do que o resultado registrado em 2021, quando os lucros dos quatro chegaram a 73,61 bilhões de reais.

As tendências, entretanto, não são iguais entre eles. Enquanto o líder, Itaú, bem como o BTG Pactual, viram o lucro crescer no ano passado, Santander e Bradesco registraram quedas. Todos divulgaram seus balanços do quarto trimestre nos últimos dias. Boa parte da diferença, de acordo com especialistas, passa pela alta inadimplência, que atingiu a todos no ano, mas, principalmente, pelo perfil dos clientes de cada um. “O Bradesco e o Santander têm maiores exposições a pequenas e médias empresas, que é onde houve uma deterioração muito forte”, diz o chefe de análise de ações da Órama, Phil Soares.

Para se ter uma ideia, a taxa de inadimplência dos empréstimos feitos às empresas pequenas e médias na carteira do Bradesco saiu de 5,3%, no último trimestre de 2022, para 6,8%, no último de 2023, enquanto o das pessoas físicas subiu com menos força, de 5,6% para 5,9%,. Os números consideram os pagamentos de crédito concedido que estão com mais de 90 dias de atraso. 

Além da maior dificuldade no cumprimento das dívidas das pequenas, Soares também lembra que, embora em menor número, as grandes empresas tiveram também eventos relevantes de não pagamento, caso das recpuerações judiciais da Americanas e da 123 Milhas, pedidas no ano passado, e que tinham entre os grandes bancos muitos de seus principais credores.

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Esse conjunto de pressões obriga as instituições a ampliares as chamadas provisões, que são o dinheiro obeservado para cobrir o custo com calotes, e que também comem parte do lucro.

O lucro do Bradesco, de acordo com o levantamento, foi de 14,5 bilhões de reais em 2023 e caiu 31,6%, enquanto o do Santander recuou 38,2%, para 8,9 bilhões de reais. Na outra direção, o Itaú viu o lucro crescer 10,2%, para 33,9 bilhões de reais, e o BTG Pactual registrou aumento de 26,6%, para 9,9 bilhões de reais.

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