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IPCA fica estável em junho no menor nível em quatro anos

Com o resultado, a inflação oficial acumulou alta de 3,09% no semestre e de 4,84% nos 12 meses encerrados no mês passado

Por Da Redação
7 jul 2010, 09h50

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou estável em junho, em 0,0%, ante 0,43% em maio, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, a inflação oficial usada pelo governo atinge seu menor índice mensal desde junho de 2006, quando houve deflação de 0,21%.

Com o resultado, o IPCA acumulou altas de 3,09% no semestre e de 4,84% nos 12 meses encerrados no mês passado. O índice engloba a variação de preços para famílias com rendimentos mensais de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas principais áreas urbanas do país.

O IPCA também é o índice oficial utilizado pelo Banco Central (BC) para cumprir o regime de metas de inflação, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O centro da meta de inflação para 2010 foi estabelecido em 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.

Análise – A queda significativa dos preços de alimentos e uma mudança de hábitos de consumo por conta da Copa do Mundo garantiram a estabilidade do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em junho, menor variação em quatro anos.

Em maio, o indicador havia subido 0,43%. Analistas ouvidos pela Reuters previam desaceleração da alta do IPCA para 0,11% no mês passado, segundo a mediana de 21 estimativas que variaram de 0,06% a 0,15%.

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Apesar do bom comportamento do índice mensal, a expectativa é de que o BC mantenha o ritmo de aperto monetário na reunião de julho.

O núcleo da inflação também desacelerou. Segundo cálculos de economistas, a média dos três núcleos do IPCA subiu 0,35% em junho, ante uma alta de 0,59% em maio.

“Os alimentos foram fundamentais (para a desaceleração) e ainda houve outros movimentos de baixa que ajudaram”, afirmou a economista do IBGE Eulina Nunes dos Santos. “Nesse período (de Copa do Mundo), o brasileiro, que é apaixonado por futebol, se veste de patriotismo e canaliza seu consumo para produtos da Copa.”

Segundo a economista, na época dos jogos, de férias e outros a demanda por alimentos costuma diminuir, uma vez que hábitos e compromissos são flexibilizados pelo consumidor.

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O IBGE destacou que variações baixas do IPCA foram observadas em outros mundiais. Em 1998, na Copa da França, o índice variou 0,02% em junho; em 2002, ano da Copa do Japão e da Coreia do Sul, os preços subiram 0,42%, abaixo do patamar de 0,52% do ano anterior. Em 2006, com a Copa da Alemanha, o IPCA caiu 021% em junho.

“Em anos de Copa, essa variação baixa sempre é ancorada pelos alimentos… Mesmo as carnes, usadas para fazer churrascos, reduziram em razão da menor exportação.”

INPC – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que apura o movimento de preços para famílias com rendimento mensal de 1 a 6 salários mínimos, registrou deflação de 0,11% em junho. No ano, o INPC acumula alta de 3,38% e, em 12 meses, de 4,76%. O INPC é utilizado em geral para os reajustes salariais.

(com Agência Estado e Reuters)

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