Indicadores fracos derrubam euro
Moeda comum europeia atinge nível mais baixo em mais de uma semana após o anúncio de que a confiança das empresas da Alemanha caiu pelo sexto mês
O euro atingiu o nível mais baixo em mais de uma semana ante o dólar após o anúncio de que a confiança das empresas da Alemanha caiu pelo sexto mês seguido em outubro. Mais cedo, a moeda já havia sido pressionada por dados fracos sobre a atividade econômica da zona do euro, que também incluiu a Alemanha – a maior economia da união monetária.
Às 9h20 (de Brasília), o euro caía para 1,2935 dólar, de 1,2986 dólar no fim da tarde desta terça-feira, e para 103,17 ienes, de 103,69 ienes. Já o dólar recuava para 79,77 ienes, de 79,85 ienes. A libra operava a 1,6008 dólar, ante 1,5953 dólar no dia anterior. O índice do dólar medido pelo Wall Street Journal subia para 70,107, de 70,032.
Indicadores – O índice IFO de clima para negócios na Alemanha caiu para 100,0 – o nível mais baixo desde fevereiro de 2010 – e contrariou a previsão dos analistas de alta para 101,6. O euro chegou a 1,2920 dólar após o dado, o que representa a mínima dos últimos nove dias. A moeda também caiu diante do iene, da libra e do franco suíço.
Outros indicadores divulgados anteriormente também foram negativos para o euro. O índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro recuou para 45,8 em outubro, sugerindo que a economia do bloco teve um início ruim para o quarto trimestre. O dado contrastou com o PMI industrial da China medido pelo HSBC, que subiu para 49,1 em outubro.
A Espanha também continua pesando sobre o euro, já que o governo ainda reluta em pedir uma ajuda financeira internacional. “Acreditamos que a Espanha poderá agir no começo de novembro, o que poderá permitir que o programa de compra de bônus do Banco Central Europeu (BCE) seja ativado e que o euro receba suporte”, afirmou Ian Stannard, diretor de estratégia cambial do Morgan Stanley, em Londres.
Na agenda internacional de eventos desta quarta-feira o destaque é a reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve), que deverá anunciar sua decisão. As expectativas, no entanto, são baixas, haja vista que o Fed lançou, em sua reunião anterior (em setembro), uma nova rodada de compra de ativos lastreados em hipotecas – uma medida de relaxamento quantitativo.
(com Agência Estado)