Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Incerteza eleitoral leva dólar a R$ 4,20, maior valor do Plano Real

Vários fatores pressionaram a alta do dólar, como expectativa de crescimento de Haddad, incerteza sobre a campanha de Bolsonaro

Por Fabiana Futema Atualizado em 13 set 2018, 18h10 - Publicado em 13 set 2018, 17h54

As incertezas em torno do processo eleitoral levaram o dólar a 4,1957 reais, uma alta de 1,2% em relação ao pregão de quarta-feira. É o maior valor de fechamento da história – o recorde anterior tinha sido batido em 21 de janeiro de 2016, quando a moeda americana foi vendida por 4,1655 reais.

De acordo com analistas, vários fatores pressionaram a alta do dólar no mercado interno. O principal deles é a expectativa de que o candidato do PT, Fernando Haddad, cresça fortemente nas próximas pesquisas. “Existem sondagens internas que as campanhas fazem que apontariam para esse crescimento”, afirmou Fernando Bergallo, diretor de câmbio da FB Capital.

Outro motivo que trouxe alarme para o mercado é o estado de saúde do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que deve ficar fora da campanha de rua do primeiro turno após sofrer uma facada no abdômen. “A paciência do mercado está por um fio. Existe um mal estar com o cenário eleitoral que está se prolongando por tempo demais e ninguém está satisfeito com isso”, disse André Perfeito, economista-chefe da Spinelli Corretora.

Reportagem publicada no fim da tarde pelo jornal O Estado de S. Paulo citando entregas de 1,5 milhão de reais para ex-assessores do tucano Geraldo Alckmin também contribuíram para a escalada da moeda americana. “O cenário está muito delicado. Ninguém quer ficar vendido neste momento. Se sai uma denúncia, ninguém quer dormir apostando no mercado brasileiro”, diz Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

Continua após a publicidade

A campanha tucana informou que Alckmin nunca recebeu ou autorizou que recebessem doações ilegais em seu nome.

O dólar estava na casa dos 4,16 reais até as 14h30. O salto para 4,20 reais aconteceu pouco antes do fim do pregão, por volta das 16h20. Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae Asset, diz que o dólar está enfrentando o maior período de volatilidade dos últimos três anos. “Estamos vivendo a era dos especuladores. Os especuladores adoram a volatilidade. Esses saltos só ocorrem quando a volatilidade está muito alta.”

Bergallo afirma que o teto para o dólar pode ser maior que o atual patamar de 4,20. “O recorde de 4,16 reais não leva em conta a inflação do período. Isso abre espaço para a moeda superar os 5 reais.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.