Ibovespa tem primeira queda semanal de 2019
Índice tem sexta-feira morna com alta de 0,99%. Dólar fecha o dia subindo 0,62%

A Ibovespa fechou em leve alta de 0,99% nesta sexta-feira, 8, aos 95.343,11 pontos. No balanço da semana, no entanto, recuou 2,57%, a primeira baixa do ano. A expectativa pela reforma da Previdência e a queda nas ações da Vale derrubaram o principal índice da Bolsa brasileira.
O dólar também subiu nesta sexta-feira, alta de 0,62% e fechando a 3,73 reais na venda. Na semana, a moeda teve valorização de 1,96%.
A semana começou com recorde histórico na segunda-feira, 4, com o Ibovespa alcançando a casa dos 98.000 pontos. No entanto, a queda nas ações dos bancos e da Vale, que começa a enfrentar as consequências jurídicas do rompimento de sua barragem em Brumadinho, levaram a maior baixa diária desde a greve dos caminhoneiros na quarta-feira, 6, um tombo de 3,74%. As ações da mineradora tiveram alta de 3,77% nesta sexta-feira, mas fecharam a semana em baixa de 6,68%.
A expectativa também segue alta para a reforma da Previdência. Uma minuta divulgada pelo O Estado de São Paulo na segunda-feira, 4, animou o mercado. A proposta, entre outras coisas, mantinha a idade mínima em 65 anos para homens e mulheres. O governo desmentiu rapidamente. “São várias propostas. A minuta que chegou ao conhecimento da imprensa é apenas mais um entre os textos analisados”, disse o secretário especial da Previdência Social, Rogério Marinho.
Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a proposta final deve ser votada na segunda quinzena de maio. A perspectiva do governo é que até julho o texto já tenha sido aprovado. No entanto, é preciso aguardar que Jair Bolsonaro saia do hospital e bata o martelo sobre qual será a reforma enviada ao Congresso.
A semana teve também o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central mantendo a taxa Selic em 6,5%, decisão já esperada pelo mercado.
No cenário internacional, o Ano Novo Chinês afastou a potência econômica das negociações por uma semana. A aflição ficou por conta das declarações da presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que confirmou: não haverá encontro com o líder chinês Xi Jinping antes de 1° de março.