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Ibovespa sobe 4,65% em setembro e tem melhor trimestre do ano

Dólar cai 1,8% ante o real e acumula primeira queda mensal desde abril

Por Da Redação
30 set 2013, 19h22

A bolsa brasileira teve em setembro a terceira alta mensal consecutiva e encerrou o trimestre com seu melhor desempenho para o período em 2013. Trata-se também do melhor trimestre desde os três primeiros meses de 2012.

Contudo, o cenário internacional incerto e a falta de boas notícias no cenário interno levavam especialistas a prever um comportamento estável do Ibovespa até o fim do ano.

Numa sessão de perdas dos mercados globais, o índice recuou 2,61% nesta sessão, a 52.338 pontos. Ainda assim, teve valorização de 4,65% no mês, estendendo o ganho do trimestre para 10,29%. No ano, a queda ainda é de 14,13%. O giro financeiro da sessão foi de 7,19 bilhões de reais.

O desempenho positivo em setembro foi puxado na primeira semana do mês, quando o índice teve sua maior alta semanal em quase dois anos, graças a dados robustos da China e às ações da Petrobras, impulsionadas por rumores sobre reajuste no preço dos combustíveis.

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O mês foi marcado por um forte fluxo de investidores estrangeiros no mercado à vista, que chegou a 4,9 bilhões de reais em 19 de setembro, segundo dados da bolsa paulista.

Na avaliação de especialistas, porém, o avanço do Ibovespa no trimestre foi muito mais resultado de uma recomposição de preços do que uma mudança de tendência, depois de o índice beirar os 45 mil pontos no início de julho. “Todos os fatores que vinham pesando na bolsa continuam presentes, como PIB baixo e inflação próxima de 6 por cento (em 12 meses)”, afirmou o diretor técnico da Apogeo Investimentos, Paulo Bittencourt. “Eu esperaria um movimento muito mais lateral até o fim do ano”, completou.

Para o estrategista-chefe do Crédit Agricole, Vladimir Caramaschi, já não é possível afirmar que o mercado brasileiro está barato, e as expectativas para o desempenho da economia do país para o terceiro trimestre são pouco animadoras. “Mesmo se tivermos um resultado melhor que o esperado, é difícil ver uma revisão nas expectativas sobre o potencial de crescimento do país, algo que joga contra a ideia de um rali na bolsa”, afirmou Caramaschi.

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Perspectivas turvas para o cenário internacional adicionavam um viés negativo para o mercado, em um momento em que impasses políticos nos Estados Unidos têm chamado atenção.

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Até a meia noite desta segunda-feira, legisladores norte-americanos precisam chegar a um acordo para seguir financiando órgãos e programas governamentais a partir de 1o de outubro, e evitar a primeira paralisação parcial do governo em 17 anos. O país precisa aprovar ainda um acordo para elevar o teto de seu endividamento até 17 de outubro, a tempo de evitar um calote.

Apesar de o banco central dos EUA ter decidido adiar a redução de seu programa de estímulos, a maior parte do mercado segue convencida de que a autoridade monetária deve começar a diminuir suas compras de títulos em breve, outro fator que trazia cautela a investidores.

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OGX despenca – Apesar de ter seguido a trajetória das principais bolsas globais nesta segunda, o Ibovespa encerrou com queda mais expressiva que outros índices, pressionado principalmente pelos papéis da OGX. A ação da petroleira bateu nova mínima histórica em meio a rumores de que pedirá recuperação judicial.

Por sua vez, ações de construtoras como a Rossi Residencial e Cyrela Realty, que também encerraram em baixa, diminuíram a queda perto do fim da sessão. O governo decidiu nesta tarde elevar o teto do valor do imóvel para compra com uso do FGTS, atendendo a um pleito feito pelo setor de construção civil há alguns anos.

Dólar – Após quatro meses de alta ante o real, o dólar teve em setembro a maior queda mensal em quase dois anos, diante do alívio no cenário internacional e do programa de intervenção cambial do Banco Central. Apenas nesta sessão, a moeda norte-americana despencou quase 2% devido à entrada de divisas e expectativas de um aperto monetário mais agressivo no Brasil.

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Preocupações sobre um possível fechamento do governo norte-americano a partir desta terça-feira também deixaram investidores cautelosos e derrubaram o dólar ante moedas consideradas mais seguras, como o iene japonês e o euro.

O impacto em relação à maioria das moedas emergentes foi mais modesto, devido ao aumento da aversão global por risco, mas alguns analistas disseram que uma queda abrupta nos gastos do governo norte-americano poderia forçar o Federal Reserve a adiar ainda mais a retirada de estímulos monetários, beneficiando moedas emergentes também.

O dólar perdeu 1,83%, para 2,2163 reais na venda, neste pregão. Em setembro, a divisa norte-americana teve queda de 7,08%, maior recuo mensal desde outubro de 2011, quando acumulou perdas de 9,51%.

(Com Reuters)

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