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Ibovespa fecha em queda pela quarta semana consecutiva, a 96.999 pontos

A bolsa brasileira caiu 5% em relação à última sexta-feira de agosto. A baixa acompanha a desaceleração internacional, mas fatores domésticos também pesam

Por Luisa Purchio 25 set 2020, 20h34

O frenesi dos investimentos na bolsa de valores americana desacelerou no último mês e isso está impactando as bolsas brasileiras. Assim como o índice americano S&P 500, que mede as 500 principais empresas abertas dos Estados Unidos, há quatro semanas o Ibovespa vem amargando quedas. O movimento é esperado, afinal, a bolsa de valores brasileira acompanha de perto os mercados americanos. Nesta sexta-feira, 25, o índice fechou em queda de 5% em relação à última sexta-feira de agosto, em 96.999,38 pontos. Na semana, a baixa foi de 1,31% e um dos fatores que mais impactou na aversão ao risco dos investidores, no período, foi o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, na quarta-feira, 23, na Câmara. Apesar de manter a taxa de juros próxima de zero, Powell disse que a economia precisa de mais um pacote de estímulos aprovado pelo Congresso. A perspectiva de que isso aconteça nas próximas seis semanas, até a data da eleição presidencial americana, porém, é pequena, devido às disputas por popularidade entre democratas e republicanos. O mesmo ciclo de baixa vem ocorrendo no mercado europeu: nas últimas quatro semanas, o Euro Stoxx 60 vem caindo sucessivamente e fechou em queda de 5,38% no período de 28 de agosto até esta sexta-feira, 25, a 3.137 pontos. Na Europa, pesaram os novos casos de infecção pelo coronavírus, além da proximidade de um Brexit sem acordo.

No mercado doméstico, as ações da Petrobras, que representam em torno de 10% do Ibovespa, fecharam em baixa na semana, com PETRO4 em queda superior a 7% na semana e PETRO3 com queda de 5,7%. A depressão foi causada por suspensão do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a da venda das refinarias da Petrobras, o que é negativo no atual cenário de desinvestimento da empresa. Outros ativos que pesaram negativamente no Ibovespa foram dos grandes bancos, que representam aproximadamente 20% do índice. O Banco do Brasil, por exemplo, caiu mais de 3% na semana, enquanto o Bradesco teve queda de 1,5% e o Itaú de -0,8%. Entre as notícias negativas para os bancos nos últimos meses, estão o avanço das agendas de Open Banking, do PIX e o aumento de provisões devido ao risco da inadimplência dos clientes devido à crise. “Há uma conjuntura negativa perdurando sobre o setor, e sem perspectivas de retomada no horizonte”, diz Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos. “Em um cenário mais incerto para a bolsa, é muito difícil se posicionar em um setor como esse que está travado, porque há muitas notícias negativas e sem perspectivas de retomada.” A JBS, acusada esta semana de práticas ilegais na Amazônia, também impactou na bolsa e fecha seus papeis em queda de 7,17% na semana.

Já o dólar comercial encerra em alta de 3% no período, a 5,5567 reais. A alta acompanha a valorização da moeda americana no mercado internacional – o euro, por exemplo, subiu na semana 1,89% em relação ao dólar, em 0,8598 euro por volta das 18h50 desta sexta-feira, 25. Apesar de o principal motivo da alta do dólar ser a desaceleração da injeção de liquidez pelo Federal Reserve, fatores domésticos pesaram na desvalorização do real, como o risco fiscal. A queda das bolsas brasileiras também contribuiu para a valorização da moeda americana. “O mercado continua aguardando um progresso maior sobre as reformas”, diz Lucas Feitosa, analista de renda variável da XP Investimentos. “Ontem o tom positivo foi puxado pelo Banco Central sinalizando que o cenário está um pouco mais tranquilo em relação aos índices de inflação, o que deu um pouco de fôlego ao Ibovespa. Mas na semana toda a incerteza impactou um pouco.”

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