Ibovespa fecha em baixa, mas mantém 98 mil pontos; dólar recua
Resultados trimestrais do Itaú e dúvidas em relação à Reforma da Previdência não agradam os investidores
A Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em baixa nesta terça-feira, 5. O pregão encerrou o dia em 98.311,21 pontos, uma queda de 0,28%, influenciado pelas ações do Itaú e por novas notícias sobre a Reforma da Previdência.
O dólar fechou no valor de venda a 3,66 reais, variação negativa de 0,174%. O giro financeiro foi de 16,3 bilhões de reais, na média diária de janeiro.
A divulgação dos resultados do 4° trimestre do banco Itaú não agradou o mercado. Como o banco tem grande peso na Ibovespa, a queda de suas ações puxou o índice para baixo. Os papeis da empresa fecharam em queda de 4,26%. Já sua holding, a Itausa, teve baixa de 3,2%.
Apesar do lucro de 24,977 bilhões de reais, um crescimento de 4,2% na comparação com o ano anterior, os investidores esperavam mais. Os outros grandes bancos, como Santander e Bradesco, superaram as expectativas dos investidores.
Mesmo com a queda, Ari Santos, analista da corretora H. Commcor, segue otimista em relação ao mercado “não foi um pregão ruim, 0,20% de queda não significa que caiu tudo”.
As notícias sobre a reforma da Previdência atenuaram um pouco a queda do Ibovespa. O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) conversou com jornalistas após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir detalhes sobre a proposta, que deve ser encaminhada ao Legislativo nas próximas semanas. Segundo ele, a intenção do governo é conseguir aprovar a reforma da Previdência no Congresso até julho.
Para Thiago Salomão, analista da Rico Investimentos, as notícias animaram o mercado, mas não de forma suficiente para segurar a queda. “Os investidores já estão tomando posições sobre o assunto. A questão é saber seu tamanho e quando será votada”.