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Há espaço para novo corte na Selic, diz Alexandre de Ázara, do UBS BB

Economista avalia que próxima reunião deve ter novo corte de 0,25 ponto porcentual

Por Juliana Machado 8 Maio 2024, 19h45

A despeito da retirada do “foward guidande”, ou seja, do indicativo de novos cortes da taxa Selic para a próxima reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ainda tem espaço para realizar uma nova redução de 0,25 ponto porcentual em junho — e será surpreendente se não o fizer. A avaliação é do economista-chefe para Brasil do UBS BB, Alexandre de Ázara.

“Acredito que seria uma grande surpresa se a próxima reunião fosse zero [de corte da Selic]”, disse ele em entrevista a Veja. “O Copom foi mais econômico na comunicação, mas todos concordam que o cenário internacional está mais incerto, o ambiente local está com atividade mais forte e com expectativas de inflação desancoradas. Se essas expectativas subirem mais, aí sim temos risco de parar [a redução].”

Para Ázara, o maior ponto de atenção do comunicado é o trecho que diz que “a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”. Para ele, essa nova colocação passa a mensagem de que o orçamento de corte de juros pode ser menor do que os agentes de mercado imaginaram inicialmente. No entanto, ele reforça que a ata da reunião de hoje, que será divulgada na próxima semana, será essencial para dar o tom dos próximos passos da autoridade monetária.

“Eu tenho um cenário mais otimista porque tenho uma perspectiva de inflação menor e o cenário em que o Federal Reserve [banco central dos Estados Unidos] fará um corte de juros, mas posso reavaliar esses números se a ata mostrar algo diferente”, afirma. O UBS trabalha atualmente com uma Selic em 9,25% no fim deste ano.

Em relação à retirada da menção de corte na mesma magnitude para as próximas reuniões, o economista afirma que já esperava a mudança, considerando a preocupação com a inflação e a política monetária americana, que segue contracionista. O mesmo vale para a esperada decisão sem unanimidade — e cujo voto de minerva para desempate veio de Roberto Campos Neto, o último a votar. “A maioria dos economistas já esperava que o Copom fosse retirar esse trecho porque, dada a incerteza lá fora, não dá para se comprometer com uma velocidade [de cortes] para o próximo encontro”, diz.

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