O governo prepara nova injeção de recursos do Tesouro Nacional na renovação das linhas de crédito subsidiadas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para compra e exportação de bens de capital (Máquinas e equipamentos). A ideia é de um reforço de 30 bilhões de reais a 40 bilhões de reais, o que dobrará os recursos disponíveis no Programa de Sustentação do Investimento (PSI), nome oficial da linha de crédito lançada no ano passado, em caráter de emergência, em meio à crise econômica.
Atendendo a uma solicitação do Ministério da Fazenda e do Tesouro, o BNDES enviou, no início do mês, um documento com as justificativas para elevar os recursos do programa. O principal argumento é que o PSI tem ajudado a elevar a taxa de investimento da indústria. De acordo com fonte do governo, já há uma corrente que defende a manutenção do programa até dezembro. Mas ainda há preocupação quanto ao custo fiscal do benefício.
Lançado em julho do ano passado, como instrumento de redução dos impactos negativos da crise sobre a produção industrial, o programa tinha prazo para terminar – 31 de dezembro do mesmo ano – e recebeu 40 bilhões de reais do Tesouro para equalizar as taxas subsidiadas dos empréstimos do BNDES. Ou seja, o BNDES baixou os juros para as indústrias comprarem equipamentos e máquinas e o Tesouro entraria com a parcela restante para igualar os juros à remuneração mínima, evitando prejuízos para o banco.
Com isso, o BNDES pôde reduzir à metade, para o tomador final, os juros para aquisição e exportação de bens de capital. No Finame, linha de crédito tradicional para a indústria, a taxa anual ficava em torno de 10% ao ano; no PSI, passou, em média, a 4,5% ao ano. A prorrogação até junho deste ano já havia sido decidida. No encerramento de 2009, o PSI aprovara projetos de 37,1 bilhões de reais, sendo 75% (28,1 bilhões de reais) para o segmento de bens de capital.
(Com Agência Estado)