Governo dos EUA rejeita plano de recuperação judicial da Kodak
Segundo o Departamento de Justiça, plano previa o pagamento de bônus ilegais para funcionários da empresa, o que permitiria a sua saída da concordata
O órgão supervisor de falências do governo dos Estados Unidos se opôs ao plano da Eastman Kodak de sair da concordata. Segundo o órgão, que responde ao Departamento de Justiça, o projeto prevê o pagamento de bônus ilegais para funcionários da empresa, incluindo um prêmio de 1,9 milhão de dólares para o executivo-chefe da companhia, Antonio Perez.
O agente fiduciário norte-americano Tracy Hope Davis, um funcionário do Departamento de Justiça, que atua como um supervisor de tribunais de falência dos EUA, teve como alvo uma série de bônus e prêmios prometidos para altos executivos da Kodak como parte do pedido de concordata da empresa.
Perez, que deveria pedir demissão como executivo-chefe da empresa após um ano da recuperação da Kodak da concordata, receberia um prêmio adicional de até 155% do salário atual de 1,155 milhão de dólares, 2 milhões em pagamentos não competitivos e mais outros 2 milhões de dólares em valores não concorrentes durante um período de dois anos.
A Kodak também quer pagar milhões em bônus e prêmios para outros sete altos-executivos como parte do plano. Davis questionou, em particular, numa ação no tribunal, se os pagamentos emergenciais para o executivo-chefe da Eastman Kodak e outros estão de acordo com as regras do Código de Falências para bônus em casos de quebra.
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(com Estadão Conteúdo)