Apple e Google querem patentes da Kodak por US$ 500 mi
Empresas poderão comprar patentes para desenvolver concorrente de peso para o Instagram
A Apple e o Google – grandes rivais do mundo da tecnologia – decidiram se unir para fazer uma oferta de mais de 500 milhões de dólares pela compra de todas as patentes da Kodak, segundo informações da ‘Bloomberg‘. Altamente endividada, a empresa americana pediu concordata no início deste ano. Sua única forma de levantar recursos para saldar dívidas é a venda de suas 1.100 patentes de produtos e tecnologia de fotografia, vídeo e impressão. Atualmente, as patentes são avaliadas em até 2,5 bilhões de dólares – porém, costumam perder grande parte de seu valor quando a empresa detentora dos direitos está em situação financeira difícil, como é o caso da Kodak.
A união das duas concorrentes para fechar o negócios, se concretizada, surpreenderá o mercado – já que, meses atrás, Apple e Google disputavam entre si os ativos da empresa fundada por George Eastman (também criador do filme fotográfico em rolo) em 1888. Em julho, o Google liderava um consórcio que incluía a RPX Corp e alguns fabricantes asiáticos de aparelhos com sistema Android. Já a Apple tinha do seu lado a Microsoft e a Intellectual Ventures Management. À época, as ofertas dos dois grupos somadas não chegavam a 500 milhões de dólares. Segundo uma fonte ouvida pela Bloomberg, os dois grupos se uniram para conseguir chegar a um valor maior.
Segundo analistas ouvidos pelo site Mashable, especializado em tecnologia, a intenção das duas gigantes do Vale do Silício é desenvolver, com base nas patentes da Kodak, um concorrente à altura para o Instagram – aplicativo criado por brasileiros e vendido ao Facebook por 1 bilhão de dólares em abril deste ano.
Tanto a Apple quanto o Google dispõem de sistemas operacionais que permitem o funcionamento de aplicativos de compartilhamento de imagens, mas ambos não tiveram sucesso em criar uma ferramenta similar ao Instagram. No início desta semana, o Twitter anunciou que não permitirá que seus usuários compartilhem imagens do Instagram em sua plataforma. Fontes do Vale do Silício apostam que a proibição ocorre porque o site de microblogs está desenvolvendo uma ferramenta própria de compartilhamento de imagens – um concorrente a mais que Apple e Google terão de enfrentar.
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