Governo concluiu 38,5% das obras previstas no PAC 2
O resultado é superior ao de 2011. Contudo, os projetos devem ser executados em sua totalidade até 2014
O quinto balanço da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) mostra que as ações concluídas até setembro correspondem a 38,5% das previstas para o período entre 2011 e 2014. A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira pelo Ministério do Planejamento. O valor total das obras finalizadas atingiu 272,7 bilhões de reais, resultado 82% superior ao mesmo período do ano passado.
A execução global do programa alcançou 40,4% do investimento previsto até 2014. Até setembro deste ano, o PAC 2 aplicou 385,9 bilhões de reais em obras de infraestrutura logística, social e urbana, cifra 19% maior do que a obtida em junho deste ano e 26% acima do que em igual intervalo de 2011.
Os recursos investidos com o Orçamento-Geral da União chegaram a 26,6 bilhões de reais, 28% mais do que um ano atrás. Os valores reservados para o pagamento de ações em andamento tiveram aumento de 66% sobre 2011, somando 29,5 bilhões de reais.
O balanço do PAC 2 também confirmou para o próximo dia 26 a publicação do edital para a primeira licitação do trem de alta velocidade que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. A data, que sofreu diversos adiamentos, havia sido publicada há algumas semanas no Diário Oficial da União.
O documento ainda trouxe datas definidas para a publicação dos editais das próximas rodovias que serão licitadas pelo governo. O trecho da BR-116 que corta Minas Gerais terá o edital publicado no dia 30 deste mês, com leilão até o dia 20 de dezembro. Já a BR-040, entre Brasília e Juiz de Fora, terá o edital publicado até 21 de dezembro, com o leilão previsto para até 31 de janeiro de 2013.
Crise – O desempenho negativo da economia mundial tem afetado a economia brasileira por diferentes canais de transmissão, com destaque para o comércio exterior e a confiança dos agentes econômicos. A afirmação também consta do texto sobre o quinto balanço da segunda etapa do PAC 2.
Contudo, de acordo com o governo, o país possui um conjunto amplo de instrumentos de política econômica – diferentemente das nações que estão no cerne da crise financeira e possuem situação fiscal deteriorada.
O texto declara ainda que a desaceleração mundial e a sólida posição fiscal do Brasil contribuem para um quadro benigno para a inflação. Esse fator, aliado a mudanças institucionais (como alteração das regras da poupança para novos depósitos), permitiu a continuidade da redução da Selic, que chegou a mínimos históricos, de 7,25% ao ano, sem comprometer o cumprimento da meta de inflação.
Para o Planejamento, o Brasil entrou em um novo ciclo de expansão em meados deste ano, com reflexo nas elevadas taxas de crescimento de diversos indicadores da atividade econômica no terceiro trimestre. Apesar disso, as economias mais avançadas continuam em uma fase de baixo crescimento que deve persistir por um período prolongado, completa texto. O balanço indica ainda que a China também apresentou desaceleração no ano, mas espera reação e um crescimento mais significativo em 2013.
(Com Estadão Conteúdo)
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