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Gol cortará voos no Brasil e abrirá mais escalas no Caribe

Cerca de 200 voos semanais serão desativados devido à pressão da alta do dólar nos resultados da empresa

Por Da Redação
24 jun 2013, 17h52

A companhia aérea Gol vai cortar 200 voos semanais a partir de agosto, principalmente de rotas dentro do Brasil. A estratégia faz parte do ajuste da empresa à alta do dólar, afirmou seu presidente Paulo Sérgio Kakinoff em entrevista a jornalistas nesta segunda-feira.

A Gol tem 950 voos diários, incluindo rotas nacionais e internacionais, e um total de 6.650 mil voos por semana. Mas o corte, segundo Kakinoff, não será linear, ou seja, haverá dias da semana que serão menos afetados pelos cortes que outros.

A companhia tem cerca de 55% de seus custos operacionais atrelados ao dólar, principalmente combustíveis (43%), que são precificados na moeda norte-americana, além das despesas com leasing. Por isso, a necessidade de ajustes a um novo cenário. Na média internacional, o combustível de aviação responde por 33% dos custos.

Conforme o executivo, só a alta do dólar vai custar 900 milhões de reais às empresas aéreas brasileiras este ano, se a moeda norte-americana ficar na casa dos 2,25 reais.

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Redução da oferta – Na manhã desta segunda-feira, a Gol soltou um comunicado informando que cortaria 9% de sua oferta doméstica, número pior que o previsto inicialmente. A expectativa anterior da empresa era de que a oferta de voos seria cortada em 7%. Ao mesmo tempo, a Gol reiterou sua meta de margem operacional entre 1% e 3%. “O ambiente externo evoluiu negativamente para a companhia”, disse Kakinoff. Após estes ajustes, o presidente da empresa disse que não estão previstos novos cortes na oferta de pessoas. Ele também descartou novas demissões na empresa.

Diante do novo cenário, a Gol reviu suas projeções para dólar e o crescimento brasileiro este ano. Antes, a companhia trabalhava com dólar a 1,95 real a 2,05 reais na média de 2013. Agora, trabalha com 2,08 reais a 2,18 reais. Para o crescimento brasileiro, a empresa mudou a projeção do intervalo de 2,5% a 3% para 2% a 2,5%. Já para o preço do combustível a expectativa passou de 2,30 reais por litro para 2,40 reais.

Sobre os efeitos das manifestações na empresa, Kakinoff afirmou que não houve redução na procura por passagens aéreas. O que ocorreu até agora foi um efeito na logística da operação. Como exemplo, ele cita as manifestações em São Paulo, que na sexta-feira, fecharam o acesso ao aeroporto de Guarulhos, complicando a chegada e saída de passageiros.

Questionado se a empresa estuda emitir dívida para captar recursos, Kakinoff afirmou que a companhia tem 3 bilhões de reais em caixa e não estuda captar no exterior ou no Brasil neste momento.

Voos internacionais – A Gol também informou que vai manter seus projetos de ampliação de rotas do Brasil para o exterior, mesmo com o cenário internacional adverso. No segundo semestre, a empresa deve anunciar “um ou dois” voos para algum destino nas Américas, com escala na República Dominicana, segundo Kakinoff.

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A expansão das rotas externas é uma das formas de aumentar as receitas em dólar, hoje em apenas 8%. Kakinoff diz que vê potencial para as receitas representarem de 16% a 17% do faturamento da empresa. Atualmente, há um descasamento considerável entre receitas e despesas em moeda norte-americana, com os gastos respondendo por 55%, pois a grande maioria das rotas da empresa são domésticas.

No caso da República Dominicana, Kakinoff informa que os novos voos serão operados pela Gol e terão escala no país do Caribe. Mas não adiantou o destino final das rotas, apenas mencionando que deve ser Estados Unidos ou América Central. A Gol possui dois voos próprios para os Estados Unidos, para as cidades de Miami e Orlando. O voo ligando São Paulo a Miami está operando com 100% de ocupação.

O executivo frisa que não há uma decisão tomada de se abrir uma empresa na República Dominicana. “Serão voos operados pela Gol”, disse, sem dar outros detalhes. No caso de um voo ligando o Brasil a Nigéria, o executivo relata que companhia ainda faz estudos.

Além dos voos para as Américas, Kakinoff conta que a Gol negocia com três companhias aéreas da Europa sobre parcerias (code share). A parceria seria semelhante ao acordo que a Gol tem com a norte-americana Delta.

(Com Estadão Conteúdo)

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