Gêmeos rivais de Zuckerberg ficam bilionários com bitcoin
Cameron e Tyler Winklevoss, que acusaram Mark Zuckerberg de roubo de sua ideia para criar a rede social, investiram na moeda virtual há quatro anos

Os irmãos Cameron e Tyler Winklevoss, que ficaram conhecidos por processarem Mark Zuckerberg por roubar a ideia de criação do Facebook, tornaram-se bilionários por causa do bitcoin. Os gêmeos investiram parte do dinheiro recebido pelo processo na moeda virtual em 2013. A valorização estratosférica que a critptomoeda alcançou nos últimos tempos fez o dinheiro se multiplicar quase cem vezes.
A dupla recebeu uma indenização de 65 milhões de dólares (cerca de 209 milhões de reais atualmente) em dinheiro e ações do Facebook após um acordo judicial. Eles eram colegas de classe de Zuckerberg na Universidade Harvard e o contrataram para criar um projeto. O criador do Facebook teria, segundo eles, roubado a ideia para usá-la na rede social. O caso foi finalizado em 2011.
Em 2013, a dupla investiu 11 milhões de dólares (35,5 milhões de reais) na moeda virtual. Naquela época, a cotação do bitcoin era de pouco mais de 100 dólares (322 reais). O valor atual está na casa de 11.244 dólares (36.268 reais), segundo o índice divulgado pela Bolsa de Nova York. Com isso, a fortuna está estimada em mais de 1 bilhão de dólares (3,22 bilhões de reais).
Como o bitcoin não requer registro de quem é o dono de cada moeda, não é possível saber quem são as pessoas detentoras da moeda e, portanto, se há outros bilionários além dos gêmeos.
Aposta de risco
Os irmãos Winklevoss já declararam publicamente que apostam na criptomoeda como um investimento revolucionário, que deve ganhar importância comparável à do ouro. Apesar do investimento e da valorização, a moeda virtual é vista com cautela por especialistas, por causa do seu alto risco.
Como não há empresa ou governo regulando o bitcoin, a oscilação dos valores é frequente, e o valor pode cair ou subir abruptamente, influenciado pelo noticiário ou ações de agentes isolados, como imposição de restrições ou roubos. A conversão em dinheiro “real” é feita por meio das corretoras. No Brasil, não há regulamentação específica sobre o tema.