G7 discute ação coordenada contra evasão fiscal
A reunião de dois dias dos ministros das Finanças de sete grandes economias do mundo terminou neste sábado na Grã-Bretanha
Após dois dias de discussões, os ministros das finanças do G7, que reúne as economias mais desenvolvidas do mundo, concordaram em lutar contra a evasão fiscal com uma ação coordenada e reafirmam sua decisão de não discutir taxas de câmbio, segundo o titular da pasta na Grã-Bretanha, George Osborne. A evasão fiscal consiste em práticas ilícitas que evitem o pagamento de taxas, impostos e outros tributos.
Os ministros de Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Alemanha, Itália, França e Canadá concluíram neste sábado uma reunião de dois dias, mas não divulgaram comunicado conjunto devido ao caráter informal do encontro. O anfitrião, Osborne, contudo, resumiu o que foi tratado em entrevista coletiva em Londres.
Osborne reafirmou os termos do comunicado do G7 emitido em fevereiro, no qual seus membros se comprometeram a não discutir as taxas de câmbio e evitou criticar a política monetária expansiva de Japão. O Japão tem sido criticado por diversos países, após o banco central adotar no início de abril um ousado plano de relaxamento monetário para combater a deflação, mas que provocou uma forte desvalorização do iene.
O ministro de Finanças do Japão, Taro Aso, confirmou que não houve reclamações, mas o titular da pasta do Canadá, James Flaherty, admitiu preocupação sobre a questão cambial durante o encontro do G-7. Já o ministro francês Pierre Moscovici disse que o grupo concordou que a política monetária deve ter um alvo “doméstico, não externo”, ou seja, deve responder aos interesses nacionais e não ser utilizada para manipulação de mercado.
George Osborne afirmou ainda que os sete países que integram o fórum, os mais ricos do mundo, também concordam sobre a necessidade de consolidação fiscal “maior do que se acredita”, apesar de admitir a necessidade de trabalhar “com flexibilidade”.
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Após o encontro, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse em conversa com jornalistas que os ministros de Finanças do G7 não pediram mais medidas de relaxamento monetário. Ele disse que os bancos centrais das sete maiores economias do mundo já fizeram muito para estimular o crescimento.
“Nós realizamos uma série de discussões sobre a economia mundial. Está claro que todos os bancos centrais já fizeram muito, então basicamente nós tomamos nota disso”, comentou Draghi. “Não existem diferenças entre jurisdições. Todos nós temos estado ativos na busca dos nossos objetivos. Não houve nenhum pedido para fazermos mais”, acrescentou.
(com agência EFE)