Com foco na reforma bancária, G7 se reúne na Inglaterra
Grupo não discutirá a recuperação da economia mundial, já que esse assunto foi o tema da reunião do FMI e do Banco Mundial, há três semanas
Algumas das mais poderosas autoridades financeiras do mundo estarão reunidas até sábado, numa mansão nos arredores de Londres, para tentar acelerar as reformas dos sistemas bancário e financeiro. O encontro é liderado por ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais de Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Itália e Canadá, países que fazem parte do G7, o grupo dos mais industrializados e desenvolvidos do mundo.
Ao contrário do que vem acontecendo nas reuniões do grupo, o foco do encontro não será a recuperação da economia mundial – o assunto já foi o tema da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que aconteceu há três semanas e foi acompanhada por muitas autoridades presentes em Londres. “É muito raro que o G7 foque na regulamentação financeira, mas faz sentido que os líderes do grupo passem a mensagem de que os esforços globais para assegurar a estabilidade financeira têm que continuar”, disse uma autoridade do G7, entrevistada pela Reuters em anonimato.
A Alemanha deve voltar a ser pressionada para dar mais apoio a uma união bancária na zona do euro, como já aconteceu na recente reunião do FMI e do G20 em Washington. A ideia foi proposta no ano passado para fortalecer a união monetária europeia, mas Berlim receia ter de pagar a fatura de futuros resgates bancários.
O primeiro passo para reestabelecer os bancos da região é a criação de um supervisor bancário único sob a égide do Banco Central Europeu – a criação da entidade deve acontecer até meados do ano que vem. Há o plano da criação de um segundo pilar, uma agência de “resolução” com verbas para fechar bancos falidos, mas não há nada concreto. E há pouca perspectiva de que um terceiro pilar, um esquema único de garantias para os depósitos, algum dia se torne realidade.
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