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FT ironiza: Mantega se despede com uma tarefa cumprida — a desvalorização do real

A depreciação da moeda brasileira ante o dólar foi, possivelmente, o único legado positivo deixado pelo ex-ministro da Fazenda, diz jornal britânico

Por Da Redação
7 jan 2015, 21h01

Mesmo com a deterioração dos fundamentos econômicos brasileiros, Guido Mantega despede-se do Ministério da Fazenda com pelo menos uma tarefa cumprida: a desvalorização do real. “O homem reconhecido por ter tornado próprio o termo guerra cambial parecer ter vencido sua batalha para enfraquecer a moeda brasileira em meio a uma onda de capital especulativo estrangeiro”, ironizou o jornal britânico Financial Times (FT).

O real teve desvalorização de 12,69% ante o dólar em 2014, consolidando o quarto ano consecutivo de queda. Atualmente a moeda americana é negociada perto dos 2,70 reais, em comparação com o intervalo entre 1,50 e 1,60 reais vistos em 2011. Em 2015, a previsão é de que a moeda brasileira mantenha o mesmo comportamento, com o possível aumento das taxas de juros nos Estados Unidos e a redução gradual da atuação do Banco Central (BC) brasileiro no mercado de câmbio.

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Apesar disso, analistas consultados pelo FT continuam céticos em relação à política econômica de Mantega. O diretor-gerente da agência de classificação de risco Fitch, Joe Bormann, explica que mesmo com o aumento de 70% da inflação, o real se desvalorizou pouco nos últimos dez anos. Com isso as exportações brasileiras perderam competitividade e a demanda por importação aumentou, o que comprometeu especialmente as indústrias siderúrgicas e automotivas.

“Se ele não venceu de fato a guerra cambial, pelo menos terá um tempo livre para tirar vantagem do real forte e fazer umas compras em Nova York. Mas é melhor ir logo antes que seu sucessor, Joaquim Levy, e sua nova equipe, terminem o trabalho por ele”, concluiu a publicação britânica.

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