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FOCUS-Mercado vê Selic de 9,5% em abril e eleva previsão de 2013

Por Da Redação
6 fev 2012, 09h55

Por José de Castro

SÃO PAULO, 6 Fev (Reuters) – O mercado financeiro aumentou as expectativas para a queda da Selic em abril, mostrou o relatório Focus do Banco Central nesta segunda-feira, ao mesmo tempo em que elevou ligeiramente as estimativas para a inflação e o crescimento da economia neste ano.

De acordo com o Focus, que traz previsões colhidas pelo BC junto aos agentes financeiros, o mercado voltou a apostar num corte de 0,5 ponto percentual da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em abril, além da redução já esperada em março nessa mesma magnitude.

Com isso, a taxa básica de juros –atualmente em 10,5 por cento ao ano– terminaria abril em 9,5 por cento. No Focus da semana passada, o mercado estimava que a Selic cairia a 9,63 por cento em abril, atingindo 9,50 por cento apenas em maio, segundo a mediana das previsões.

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O mercado vem reforçando as apostas em mais quedas do juro desde a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), quando o BC cortou o juro pela quarta vez seguida.

Na ata, o BC sinalizou de forma clara a “alta probabilidade” de a Selic cair a um dígito e disse que o cenário para a inflação tem demonstrado sinais mais favoráveis.

Comentários de autoridades do BC nos últimos dias têm endossado perspectivas de mais quedas da Selic. Ao falar nos bastidores de uma conferência bancária na Índia na semana passada, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que há espaço para mais afrouxamento monetário no Brasil sem colocar em risco a meta de inflação.

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Tais comentários foram ecoados pelo diretor de Assuntos Internacionais e de Regulação do Sistema Financeiro do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva, de acordo com os jornais O Estado de S.Paulo e Valor Econômico.

Os contratos futuros no mercado de DI, orientados pelas expectativas em torno da taxa básica de juros, seguiam em queda nesta segunda-feira, também monitorando o clima mais arisco no cenário externo, por preocupações com a Grécia.

“O debate se concentra agora no ritmo de cortes da taxa básica, pois provavelmente o BC não continuará derrubando o juro quando os indicadores de atividade começarem a apontar recuperação mais consistente -e isto deve ocorrer em breve”, afirmou em relatório a equipe de analistas da LCA Consultores.

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“Caso a melhora recente do cenário externo continue, a chance de o BC desacelerar o ritmo de cortes seguirá aumentando”, acrescentou.

Após cair a 9,50 por cento em abril, o juro deve se manter nesse patamar até janeiro de 2013, quando a taxa voltaria a subir, retomando os 10,00 por cento ao ano. segundo a previsão do mercado.

O Focus mostrou ainda que, na visão de investidores, a Selic deve terminar 2013 em 10,75 por cento ao ano, chegando a alcançar 11,00 por cento nos meses de julho e agosto do próximo ano.

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MAIS INFLAÇÃO E PIB EM 2012

O Focus mostrou também que o mercado aumentou levemente a expectativa para a inflação e o crescimento da economia neste ano.

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu a 5,29 por cento neste ano, ante 5,28 por cento na semana anterior.

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Para 2013, a previsão para o índice, que baliza o regime de metas de inflação do governo, permaneceu em 5,00 por cento pela décima semana consecutiva. A taxa prevista para 12 meses também não mostrou alteração, ficando em 5,30 por cento pela segunda semana seguida.

No caso do Produto Interno Bruto (PIB), o mercado prevê crescimento de 3,30 por cento em 2012, contra 3,27 por cento no Focus anterior. A expectativa para a alta do PIB em 2013 aumentou a 4,20 por cento, ante 4,15 por cento na semana anterior.

TAXA DE CÂMBIO

O documento revelou ainda que os agentes reduziram a previsão para a taxa de câmbio no final deste ano a 1,75 real por dólar, ante 1,80 real por dólar na semana anterior. Foi a primeira queda desde o dia 20 de janeiro, quando a estimativa passou a 1,78 real por dólar, ante 1,80 real por dólar no dia 19.

A moeda norte-americana subia nesta segunda-feira, devido ao cenário externo mais cauteloso, e quebrava uma série de quatro quedas, em meio a constantes fluxos de recursos diante de vários anúncios de captações de companhias brasileiras no exterior, deflagradas após o próprio governo tomar recursos no mercado internacional no início do ano.

Do início do ano até a última sexta-feira, o dólar acumulou desvalorização de 8,10 por cento. Numa tentativa de conter a queda da moeda, o Banco Central voltou a comprar dólares no mercado na última sessão, realizando um leilão a termo, na primeira intervenção do ano e a primeira do tipo desde julho de 2011.

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