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FMI reprova finanças públicas do Brasil

Em relatório, fundo afirma que governo está longe de atingir objetivos

Por Da Redação
27 jan 2011, 15h34

A política fiscal adotada pelo governo brasileiro é considerada muito ‘relaxada’ e com ‘excesso de gastos’

O Fundo Monetário Internacional divulgou nesta quinta-feira, em Washington, um relatório reprovando as contas públicas do Brasil. “Espera-se agora que o governo não alcance sua meta fiscal (superavit primário da ordem de 3% do Produto Interno Bruto, PIB) por ampla margem”, diz o documento ‘Monitor de finanças públicas’, que detalha projeções para 14 países.

No relatório, o FMI critica a política fiscal adotada pelo governo brasileiro, considerada muito ‘relaxada’ e com ‘excesso de gastos’, que acabam pressionando a inflação. Para contornar o problema de preços elevados, o gpverno acaba adotando a política monetária – leia-se aumento de juros.

O alerta acontece na semana posterior à decisão do Banco Central (BC) de elevar a Selic, a taxa básica de juros da economia, de 10,75% para 11,25% ao ano.

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Uma das consequências do juro mais alto, diz o relatório, é a forte atração de capital externo, que leva à valorização do real e, portanto, prejudica as exportações do país.

O Fundo afirma que muitos mercados emergentes devem constituir reservas fiscais maiores, sobretudo diante das entradas de capital, do risco de superaquecimento da economia e da possibilidade de contágio dos países avançados. “Devem resistir às pressões de gastos e economizar os excedentes fiscais em sua totalidade”, diz o relatório.

Contas negativas – O Fundo estimulou ainda s esforços empregados por países europeus para reduzir seus déficits, e reprovou a situação dos Estados Unidos, do Japão e do Brasil. Três países da Zona do Euro (Alemanha, Espanha e França) e o Reino Unido foram apontados pelo Fundo como os que registraram mais progressos em seu plano de redução do déficit.

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“Os maiores países europeus vão reequilibrar seus orçamentos em 2011”, devendo ainda “melhorar sua situação fiscal em 2012”, destacou. Para estes países, o déficit deverá ser reduzido em 2011 de um a três pontos do Produto Interno Bruto, em relação ao de 2010. “O encolhimento do orçamento na Alemanha e na França, conjugado a medidas discricionárias e a uma aceleração do crescimento, contribuirá para reduzir notavelmente o déficit”, explicou.

“A redução do déficit na Espanha será o mais pronunciado entre os grandes países europeus” e o governo britânico “anunciou medidas detalhadas visando a reduzir as despesas”, acrescentou a instituição.

Na contramão, os Estados Unidos e o Japão seguem uma má tendência. “Os Estados Unidos serão o único grande país avançado a realizar uma política orçamentária procíclica [de retomada] este ano”, revelou o Fundo. Seu déficit deverá afundar em 2011. “No Japão, a redução já modesta do déficit global prevista para 2011 foi incrementada” com um aumento suplementar de gastos aprovado pelos deputados em novembro, lamentou o FMI no documento.

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(Com AFP)

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