Por Alessandra Saraiva
Rio de Janeiro – No próximo mês, há espaço para taxas menores dos Índices Gerais de Preços (IGPs) do que as apuradas em outubro, caso o câmbio mostre “bom comportamento”, avalia o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz. Ele disse que, se o câmbio não disparar, o efeito do dólar em alta na inflação, já detectado em vários IGPs no final de setembro e no início de outubro, deve ficar mais tênue. Isso vai ajudar a conter o avanço da inflação atacadista em novembro, na avaliação do economista. “Não podemos nos esquecer de que o atacado representa 60% dos IGPs”, lembrou.
No caso dos juros, Braz aposta em um novo corte de 0,50 ponto porcentual esta semana na reunião do Copom. Ele lembrou que o mais recente corte na Selic foi justificado pelo Banco Central pela possibilidade de piora no cenário externo, visto que as consequências da atual crise europeia eram menos claras do que agora. “Acho que o Banco Central vai continuar a recuar os juros”, afirmou. “Desde o último corte da Selic, houve realmente uma deterioração da situação internacional, então ficou mais fácil para o BC continuar a promover corte de juros”, afirmou.