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Fed aumenta estímulo para incentivar crescimento nos EUA

Por Da Redação
20 jun 2012, 14h29

WASHINGTON, 20 Jun (Reuters) – O Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) estendeu o estímulo monetário para uma recuperação econômica norte-americana que parece estar correndo o risco de estagnar, renovando os esforços para diminuir os custos de empréstimos por meio da venda de títulos de curto prazo para comprar bônus com prazos mais longos.

Expressando preocupação sobre as restrições nos mercados financeiros globais que estão emanando da Europa, o Fed informou que está estendendo a programa chamado Operação Twist por meio da compra de 267 bilhões de dólares em ativos de prazo mais longo até o final de 2012. A primeira Operação Twist terminará no fim deste mês.

“Essa continuidade do programa de extensão de vencimento deve diminuir a pressão sobre as taxas de juros de longo prazo e ajudar a deixar as condições financeiras mais acomodativas”, informou o Fed em comunicado pós-reunião.

O Fed acrescentou que para a duração do novo programa, irá parar de reinvestir os lucros de Treasuries que estão para vencer em seu portfólio.

O presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker, que divergiu em todas as reuniões deste ano, votou contra a ação, dizendo que ele se opunha à extensão da Operação Twist.

O Fed informou ainda que manteve as taxas de juros do país entre zero e 0,25 por cento e manteve a indicação de que as taxas de juros devem ficar próximas de zero até pelo menos o final de 2014.

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O Fed manteve sua avaliação sobre a economia de que está “expandindo moderadamente”, mas informou que o crescimento em emprego havia desacelerado nos últimos meses. O banco central expressou também preocupações com os gastos dos consumidores mais fracos.

A economia norte-americana aparenta estar vacilando, ao passo que países emergentes desaceleram e a crise da dívida da Europa aprofunda-se. O Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano do primeiro trimestre foi recentemente revisado para uma taxa anual de 1,9 por cento ante estimativa anterior de 2,2 por cento.

Ao mesmo tempo, os dados de emprego de maio confirmaram que o mercado de trabalho está fraquejando novamente, com a criação de apenas 69 mil vagas e com a taxa de desemprego subindo para 8,2 por cento.

Antes da reunião do Fed desta semana, economistas estavam divididos sobre se o banco central decidiria que mais estímulo monetário seria necessário agora.

O Fed mantém as taxas de juros overnight perto de zero desde dezembro de 2008 e comprou 2,3 trilhões de dólares em títulos do governo e hipotecários, em um esforço para ajudar a economia.

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No ano passado, o Fed lançou a Operação Twist, pela qual vendeu títulos com vencimentos de três anos ou menos e comprou 400 bilhões de dólares de títulos com vencimentos de seis anos ou mais para baixar as taxas de juros de longo prazo.

A vice-chairman do Fed, Janet Yellen, havia argumentado neste mês que mais ação poderia fazer sentido para “garantir” contra riscos dada a forte desaceleração nos EUA e a crise da dívida na Europa.

Entretanto, o chairman do Fed, Ben Bernanke, recusou-se a dar uma indicação em depoimento ao Congresso. Uma pesquisa da Reuters em 8 de junho colocou em 42,5 por cento as chances de uma extensão da Operação Twist.

Mesmo depois de os eleitores gregos terem dado suporte aos candidatos que apoiam as medidas dolorosas para permanecer na zona do euro, a crise da dívida europeia continua sendo uma ameaça à economia global e muitos bancos centrais estão cautelosamente de olho nas condições econômicas.

Atas das reunião dos bancos centrais de Japão e Inglaterra divulgadas nesta quarta-feira sugerem que as autoridades estão prontas para um novo afrouxamento. A China reduziu a taxa de juros básica em 7 de junho, e o Banco Central Europeu pode tomar uma ação em sua reunião de 5 de julho.

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(Reportagem de Mark Felsenthal e Pedro da Costa)

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