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Exterior e inflação alta embutem prêmios aos DIs

Por Da Redação
6 out 2011, 16h47

Por Márcio Rodrigues

São Paulo – Depois de passar os últimos dias se movendo à base de rumores e de expectativas, o mercado de juros futuros se apegou aos indicadores domésticos e à melhora do ambiente externo para recompor prêmios ao longo da curva a termo. O IGP-DI mostrou aceleração, passando de 0,61% em agosto para 0,75% em setembro, e já captou o avanço do dólar no mês passado. Isso indica que a inflação ao consumidor também pode ser impactada nos próximos meses. Além disso, o mercado trabalha com um IPCA, a ser conhecido amanhã, mais salgado e já há quem projete uma variação de 0,55%. Lá fora, os bancos centrais da zona do euro e da Inglaterra mantiveram as taxas de juros inalteradas, mas anunciaram ações de estímulo à economia. Enquanto isso, um processo de recapitalização dos bancos na zona do euro se torna cada vez mais claro, trazendo bom humor para os investidores.

Assim, ao término da negociação normal da BM&F, o DI janeiro de 2012 (251.010 contratos) marcava 11,17%, ante 11,13% ontem. A taxa do janeiro de 2013 subia à máxima de 10,36%, ante 10,22% no ajuste, com giro de 428.705 contratos. O DI janeiro de 2014 (83.865 contratos) estava em 10,65%, também na máxima, ante 10,51% no ajuste. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (21.275 contratos) indicava 11,21%, ante 11,12% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2021 (4.745 contratos) projetava a máxima de 11,23%, ante 11,14% na véspera.

O avanço do IGP-DI, que foi o mais robusto desde fevereiro deste ano (+0,96%), teve participação expressiva do aumento de preços das matérias-primas. O coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, afirmou que alguns desses produtos tiveram influência do câmbio e disse que o dólar elevado pode ser o fator que levará a inflação de 2011 a superar o teto da meta de 6,5%.

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Pelo lado da atividade, os indicadores são dúbios. A CNI informou que, após dois meses de queda, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria voltou a crescer e ficou, em média, em 82,2% em agosto (dados dessazonalizados), ante 82% em julho. O resultado de agosto ficou no teto das previsões do levantamento do AE Projeções. A Anfavea, porém, informou queda de 19,7% na produção de veículos em setembro, ante recuo de 4,9% nas vendas domésticas. Assim, o nível de estoques cedeu de 37 dias em agosto para 36 dias no mês passado.

Lá fora, um porta-voz do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, informou hoje que o órgão irá propor uma “ação coordenada” sobre a recapitalização dos bancos na região. Também hoje, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que, se houver necessidade, não se deve hesitar em recapitalizar os bancos. “Os estragos que ocorreriam de outra forma seriam muito maiores em escala”, afirmou Merkel.

Nesse ambiente de notícias e expectativas positivas, as bolsas tiveram ganhos consistentes e as commodities seguiram o mesmo rumo. O petróleo WTI para novembro subiu 3,65%, a US$ 82,59 por barril na Nymex. O contrato do cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) fechou em alta de 5,94%.

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