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Europa exige ‘compromissos’ aos políticos gregos e ‘sacrifícios’ a bancos

Por Por María Lorente
24 jan 2012, 09h55

A Eurozona exige que todos os partidos políticos gregos se comprometam por escrito a aplicar as reformas prometidas em troca de conceder o segundo plano de resgate à Grécia, declarou nesta terça-feira a ministra austríaca das Finanças, Maria Fekter.

“O Fundo Monetário Internacional (FMI) irá trabalhar em um novo programa com os gregos. Mas só podemos dar nosso acordo se os partidos no poder e os outros entrarem em acordo” em aplicar as reformas e “isso deve ser feito por escrito”, disse Fekter.

“Apenas se tivermos este compromisso por escrito haverá mais ajuda”, afirmou, ao chegar à cúpula de ministros das Finanças da União Europeia (UE) em Bruxelas.

Os ministros pedem reformas estruturais à Grécia e consideram que as medidas que este país da Eurozona tomou são insuficientes para assegurar o equilíbrio das contas públicas exigido por Bruxelas.

“Está claro que a execução do plano na Grécia fracassou”, afirmou o ministro das Finanças sueco Anders Borg.

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“Quando falamos de reformas estruturais, quando falamos de reformas fiscais, eles não cumpriram”, ressaltou.

Após um dia de debates em Bruxelas, o chefe do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, admitiu que o plano de resgate à Grécia havia “descarrilado”.

“Apelamos ao governo grego e à Troika (FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) a entrarem num acordo o quanto antes sobre os parâmetros de um novo programa de ajuste (fiscal) ambicioso”, disse Juncker, durante uma coletiva de imprensa de ministros da Eurozona na segunda-feira.

Os ministros consideraram insuficiente a proposta dos bancos privados para aceitar voluntariamente o perdão de mais de 50% da dívida grega, cerca de 206 bilhões de euros, mediante uma troca por títulos da dívida com vencimento de 30 anos e a uma rentabilidade de 4%.

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Juncker disse, no entanto, que a Grécia deveria negociar juros menores para esses bônus de longo prazo. “Os ministros pediram à Grécia para que continue negociando para atingir um nível de juros inferior”, disse. “Esses juros deveriam ser menores que 3,5% antes de 2020”, completou.

Apesar da urgência da situação, a Grécia decidiu prorrogar até 13 de fevereiro a possibilidade de chegar a um acordo com os bancos privados, os principais credores de sua dívida.

“As negociações com o setor privado continuarão de forma intensiva, com o objetivo de chegar a um acordo em 13 de fevereiro”, destacou uma fonte diplomática em Atenas.

O representante do setor bancário internacional, Charles Dallara, declarou que os credores privados apresentaram sua oferta “máxima” sobre o que estão dispostos a suportar como perda.

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O objetivo da negociação em Atenas era que os banqueiros aceitarão voluntariamente perdoar 100 bilhões de euros da dívida pública grega para evitar a quebra desordenada do país. A ideia é reduzir o peso da dívida de 162% (350 bilhões de euros) do Produto Interno Bruto (PIB) para 120% em 2020, mediante uma troca de bônus.

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