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EUA divulgam PIB do 2º tri após balanços de empresas mostrarem desaceleração

Dados serão divulgados nesta manhã e o mercado financeiro prevê um crescimento de 2,1%, abaixo dos 2,9% do trimestre anterior

Por Tássia Kastner
Atualizado em 25 jul 2024, 08h59 - Publicado em 25 jul 2024, 08h23

Tradicionalmente, dados de PIB não são grandes combustíveis para ações: eles são um retrato do que já passou, e o mercado financeiro vive de prever o futuro. Esta quinta-feira deve ser uma exceção. Os Estados Unidos divulgam nesta manhã a primeira leitura do PIB do segundo trimestre, e analistas de mercado esperam uma desaceleração da economia.

O mercado financeiro prevê um crescimento de 2,1%, abaixo dos 2,9% do trimestre anterior. Isso lembrando que a taxa americana é anualizada – ela pega o crescimento do PIB no trimestre em questão e projeta qual seria o incremento anual caso o valor se repetisse ao longo dos nove meses seguintes.

O esfriamento da economia americana poderia até ser uma notícia boa, já que de alguma maneira ela é resultado das taxas de juros persistentemente altas do Fed. E quando a economia perde força, a inflação tende a se acomodar também. O BC americano tem relutado em iniciar o ciclo de corte de juros por entender que a atividade econômica dos EUA resistiu à política monetária mais restritiva. Agora, a turma de Jerome Powell teria uma oportunidade para começar a aliviar as taxas de juros. A previsão continua sendo de cortes a partir de setembro.

Só que, agora, Wall Street avalia se a medida não chegará “tarde demais”. O início da temporada de balanços nos Estados Unidos e na Europa tem mostrado que as companhias estão se saindo muito pior do que o esperado por investidores, o que, de alguma maneira, indica que a atividade econômica está mais fraca. Ou seja, o Fed e bancos centrais ao redor do mundo podem estar atrasados nos cortes de juros, isso enquanto focam em levar a inflação de volta à meta.

O primeiro impacto foi sobre as big techs, com a perda de mais de US$ 1 trilhão em valor de mercado no índice Nasdaq em apenas um dia. O estopim foram os dados fracos da Tesla e da Alphabet, a dona da Google. Os futuros do índice de tecnologia abrem em queda novamente nesta quinta.

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O sinal também é negativo na Europa, onde a montadora Stellantis (que uniu Fiat e Citröen, entre outras marcas) mostrou uma queda de quase 50% no seu resultado. Os papéis caem mais de 8% na bolsa de Milão. A Nestlé também divulgou dados e reduziu sua estimativa de vendas para o ano. Os principais índices europeus recuam nesta manhã, isso depois do derretimento nos papéis asiáticos, que se ajustaram ao pessimismo de Nova York.

E o EWZ vai indicando que o Ibovespa deve ter o mesmo destino. O ETF que representa a bolsa brasileira em Nova York cede 0,80% no pré-mercado.

Por aqui, o dia será marcado pela divulgação do IPCA-15, a prévia da inflação oficial do país. Estimativas colhidas pelo Broadcast indicam que os preços devem desacelerar de 0,39% para 0,23%.

No noticiário corporativo, o destaque é a divulgação de resultados da Vale. As ações da mineradora recuam mais de 30% no ano, em parte reflexo da desvalorização do minério e da atividade econômica mais fraca na China.

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