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Enel acaba com marca Eletropaulo e anuncia investimentos de R$ 17 bilhões

Companhia usava nome desde 1981, mas nova dona quer apagar histórico recente de reclamações e índices ruins de qualidade do serviço

Por Machado da Costa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 dez 2018, 08h56 - Publicado em 3 dez 2018, 16h45

A companhia italiana de energia Enel, que arrematou a compra da Eletropaulo por 5,5 bilhões de reais em junho deste ano, está apagando o antigo nome da distribuidora paulista e substituindo pelo próprio. A partir de amanhã, a Eletropaulo se tornará Enel Distribuição São Paulo. Junto da troca de nome, a empresa anunciou investimentos da ordem de 17,6 bilhões de reais para até 2021.

O objetivo da companhia é apagar uma história recente de reclamações e problemas na distribuição da Grande São Paulo. A Eletropaulo é a maior distribuidora do país em volume de energia, mas enfrenta problemas com uma malha antiga e sucateada. A antiga proprietária da concessão, a americana AES, sofreu penalidades bilionárias da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) devido a baixos índices de qualidade. A companhia usava o nome de Eletropaulo desde 1981.

Somente este ano, garante a Enel, serão investidos 1,2 bilhões de reais em modernização da rede e digitalização de processos. “Isso nos permitiu alcançar o menor índice de Frequência de Interrupções da história e o segundo melhor índice de Duração de Interrupções da companhia em setembro”, diz Max Xavier Lins, presidente da Enel Distribuição São Paulo.

Com a aquisição, o Brasil se tornou o segundo maior mercado no mundo da Enel, que tem em seu país de origem a maior parte de suas operações. “A adoção da marca Enel reafirma o nosso compromisso com São Paulo e com o Brasil. Isso faz parte de um projeto maior de unificar nossa marca globalmente”, pontua Nicola Cotugno, presidente da Enel no Brasil.

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A Enel agora parte para acelerar os investimentos que podem permitir o aumento da lucratividade da companhia. Ela espera um ganho de eficiência da ordem de 30% nos próximos anos com a instalação de medidores inteligentes, atualização da malha com o conceito de redes inteligentes, redução do roubo de energia e implementação de novas tecnologias nos processos internos.

“Vamos conseguir isso com a modernização dessa rede, atacando fragilidades, implementando tecnologia e manutenção preventiva. São Paulo é um desafio, com mais de 26 milhões de usuários e uma rede aérea suscetível a intempéries”, afirma Lins.

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Renováveis

A Enel também anunciou que está montando no Brasil as operações da EnelX, braço de projetos renováveis do grupo. Serão quatro focos de atuação no início: Frotas de ônibus elétricos; iluminação pública; fibra ótica; e sistemas de climatização predial.

Cotugno afirmou que, em um primeiro momento, a empresa não entrará no mercado de geração distribuída – que permite que usuários produzam energia em casa. “Não podemos entrar em um novo mercado com um cardápio muito grande”, afirma o executivo. No entanto, ele disse que isso será uma realidade em breve e que a Enel participará desse mercado no país.

A companhia já vem preparando esses projetos há algum tempo. Em Fernando de Noronha, onde existe um laboratório de energias renováveis a céu aberto, a Enel tem contribuído com geração de energia e gestão de frotas de veículos elétricos. Outras gigantes como GM e Tesla também participam desse laboratório.

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Um dos primeiros passos da EnelX para desenvolver sua marca e fomentar o mercado de veículos elétricos será instalar carregadores automotivos em São Paulo. Eles pretendem instalar 455 mil pontos de carregamento nos próximos três anos globalmente. “Esse é um mercado no qual as pessoas não compram veículos elétricos por medo de não ter onde carregarem. Então, vamos entregar a oferta para estimular a demanda”, afirma Lins.

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