Encomendas de bens duráveis recuam nos EUA
Segundo o Departamento do Comércio, retração de 5,2% é a primeira em cinco meses; principal motivo é o baixo número de pedidos de aeronaves civis e militares
As encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos, que vão de torradeiras a aviões e devem durar ao menos três anos, recuaram 5,2% em janeiro uma vez que a demanda por aeronaves civis e de defesa caiu com força, de acordo com dados divulgados pelo Departamento do Comércio nesta quarta-feira. Essa queda foi a primeira desde agosto do ano passado.
Entretanto, segundo o Departamento de Comércio, as encomendas de bens de capital fora do setor de defesa, excluindo aeronaves, subiram 6,3%o, o maior ganho desde dezembro de 2011, após terem caído 0,3% em dezembro. Economistas esperavam que esta categoria subiria apenas 0,2%.
Por sua vez, as encomendas de bens duráveis excluindo transporte subiram 1,9%, o maior ganho desde dezembro de 2011, após aumento de 1% em dezembro. Esse resultado ficou bem acima das expectativas dos economistas de um ganho de 0,2%.
A forte alta no chamado núcleo de bens de capital deve reforçar as expectativas de que os gastos empresariais em equipamentos e software permanecerão em uma tendência de alta neste trimestre. Mesmo assim, é improvável que o relatório mude a postura de política monetária frouxa do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos.
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A atividade industrial enfraqueceu recentemente após ter ajudado a alavancar a economia da recessão de 2007 a 2009. A demanda doméstica lenta, a política fiscal mais apertada e a desaceleração do crescimento global estão afetando a indústria.
No mês passado, embarques de encomendas de bens de capital fora do setor de defesa, excluindo aeronaves, dado utilizado para calcular os gastos com equipamento e software no relatório do Produto Interno Bruto (PIB), diminuíram 1% após terem ficado estáveis no mês anterior.
(Com agência Reuters)