Economia mundial crescerá 3% em 2014, prevê ONU
Estimativa otimista foi impulsionada pelos bons resultados do último trimestre
O PIB mundial deve crescer 3% em 2014 e 3,3% em 2015, segundo previsão de um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), antecipado na quarta-feira, e que prevê uma ligeira recuperação da economia global nos próximos anos. “O Produto Interno Bruto mundial teve um crescimento baixo em 2013, mas certas melhoras no último trimestre nos levaram a elevar nossa previsão para os próximos dois anos”, garantiram os especialistas da ONU ao antecipar o documento intitulado “Situação e perspectivas da economia mundial em 2014”. A versão completa do relatório será divulgada em janeiro.
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Segundo os analistas, o fim da “prolongada recessão” na zona do euro, a melhora no crescimento nos Estados Unidos e o sinais do fim da desaceleração de Índia e China justificaram a elevação das expectativas. No caso dos EUA, a ONU espera um crescimento de 2,5% em 2014, enquanto para a Europa Ocidental os índices continuam baixos, em torno de 1,5%.
Brasil – Na previsão para os países emergentes, o relatório projeta um crescimento de 3% para o Brasil no ano que vem – abaixo dos 5% estimados para a Índia e dos 7,5% da China, mas um pouco acima dos 2,9% de crescimento esperados para o PIB da Rússia. A ONU também prevê que a inflação seguirá controlada no ano que vem e que o desemprego continuará sendo um dos maiores desafios para muitas economias, como Espanha e Grécia.
Estímulos – O estudo cita entre os principais riscos para a economia global em 2014 a política monetária dos Estados Unidos e as constantes batalhas no país em torno do teto da dívida, além da fragilidade do sistema bancário na zona do euro. Os especialistas da ONU também asseguram que o final “abrupto” dos estímulos do Banco Central americano (Fed) seria uma ameaça para a economia mundial.
As previsões da ONU foram divulgadas no mesmo dia em que o Fed anunciou a redução de 10 bilhões de dólares no volume de seu programa mensal de compra de bônus a partir de janeiro. O Banco Central do país justificou a decisão citando a melhora das perspectivas da economia americana. O agressivo programa de estímulos do Fed começou no início do ano passado, com a injeção mensal de 85 bilhões de dólares para promover a recuperação da economia do país.
(Com agência EFE)