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Economia está em recuperação, garante Mantega

Para o ministro da Fazenda, ações tomadas nos últimos meses pelo governo começaram a fazer efeito a partir deste segundo semestre

Por Da Redação
6 ago 2012, 16h16

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira que ocorre hoje uma “retomada da atividade” no país, que, em sua avaliação, ficou um “pouco parada” de janeiro a junho. “No segundo semestre, teremos aquecimento da atividade econômica”, frisou. “Dependemos menos do mercado externo. Porém, temos de adotar uma série de medidas para que o Brasil seja competitivo”, destacou o ministro para, em seguida, referir-se às “ações do setor público para que se somem ao privado”.

“O nível de atividade será melhor no terceiro trimestre deste ano e melhor ainda no quarto trimestre”, ressaltou. “Isso porque é o tempo necessário para que uma série de medidas tomadas possam exercer seu efeito. Por exemplo, a redução da Selic, que já foi de 4,5 pontos porcentuais, demora de oito a nove meses para fazer efeito. A economia vai se adaptando a novas taxas e daqui para a frente poderemos observar os resultados”, disse.

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Ele apontou que o barateamento do custo financeiro na economia incentiva os investimentos e a atividade produtiva. E isso, por sua vez, amplia a capacidade de fabricação de mercadorias no país, o que reduz a pressão sobre a inflação e dá mais condições para que os juros caiam.

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“A desoneração da folha de pagamento para 15 setores, que os torna mais competitivos, está entrando em vigor agora”, lembrou. “São vários vetores que vão incentivar a retomada da atividade econômica. As vendas de eletroeletrônicos, da linha branca e da indústria automobilística vão bem”, comentou, depois de participar de encontro com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes.

Estímulo – Guido Mantega afirmou que “novas medidas de estímulo a investimentos” serão anunciadas pelo governo federal em algumas semanas. “E é muito importante que os Estados também participem”, destacou, sem dar mais detalhes sobre as ações que serão divulgadas pela administração Dilma Rousseff. O ministro ampliou o limite fiscal de São Paulo em 10 bilhões de reais.

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Mantega destacou que o esforço do Poder Executivo para destravar o crescimento será essencial e será relevante que seja acompanhado por outros entes da federação. “São Paulo é talvez o estado que faz maior volume de investimentos e agora está recebendo uma margem extra que vai utilizar muito bem a favor da população”, destacou, referindo-se ao aumento de 10 bilhões de reais no espaço para que o governador Geraldo Alckmin possa ampliar a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), especialmente em empreendimentos de infraestrutura e saneamento básico.

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“A situação fiscal de São Paulo é sólida e o Estado tem obtido espaços fiscais cada vez maiores”, afirmou, ao lembrar que em 2011 a administração Alckmin foi autorizada a ampliar os investimentos em 7 bilhões de reais.

Câmbio – O ministro também comentou que um dos principais vetores que têm ajudado a melhorar a competitividade da economia brasileira é a relativa perda de força do câmbio. “A desvalorização do real torna o produto brasileiro mais competitivo e isso também está ocorrendo fortemente. Estamos com o câmbio acima de 2 reais já há algum tempo e isso vai dando competitividade para a indústria, tanto para a exportação quanto para o mercado interno”, comentou.

As afirmações de Mantega ratificam a sintonia da Fazenda com o Banco Central. Em 3 de julho, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, disse que “um dólar abaixo desse nível de 2 reais pode não ser bom para a indústria”. Foi a primeira vez que um dirigente da autoridade monetária fez um comentário explícito sobre a importância do câmbio para o setor manufatureiro.

Segundo Mantega, a cotação do real ante o dólar é um fator importante para a economia nacional, sobretudo em tempos de crise, quando há imensa capacidade ociosa do setor industrial em todo o mundo. “Nós sofremos a concorrência de importações porque os exportadores de todo o mundo estão desesperados porque estão sem mercado”, disse.

(com Agência Estado)

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