Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Dólar volta a subir e fecha no segundo maior valor da história

Incertezas na América Latina e dados econômicos fracos na Europa e na China levam moeda a ter alta de 0,2% e ser negociada a R$ 4,1934

Por Lucas Cunha 14 nov 2019, 20h04

Em uma semana marcada por tensões e incerteza política na América Latina, o dólar comercial voltou a subir nesta quinta-feira, 14, e fechou no segundo maior valor da história. A moeda teve ligeira alta de 0,16%, mas o suficiente para atingir 4,1934 reais para a venda e se tornar o segundo maior valor desde o início do Plano Real. O recorde ainda é de 4,1957 reais, de 13 de setembro de 2018. A escalada da moeda foi influenciada principalmente pela insegurança econômica no Chile e indicadores aquém do esperado da China e da Alemanha.

Na América Latina, os protestos no Chile deixaram o mercado em movimento de aversão a risco, o que afastou os investimentos na região. A moeda chilena teve forte depreciação mesmo depois de o banco central local anunciar medidas para segurar o peso em declínio. “Os conflitos ocorridos no Chile e a instabilidade econômica no país acabaram contaminando diversas moedas sul-americanas, inclusive o real. Além disso, os investidores estão em cautela com o feriado no Brasil, pois os mercados globais estarão ligados nos eventos, mas nós estaremos desligados. Por isso, houve a alta do dólar”, afirma Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae Asset.

Internacionalmente, foram divulgados indicadores econômicos decepcionantes. O crescimento da produção industrial da China desacelerou significativamente mais do que o esperado em outubro, enquanto na Europa a na Alemanha evitou apenas por pouco uma recessão. Ademais, o clima é de incerteza acerca das negociações entre chineses e americanos sobre a guerra comercial. Esse pano de fundo pressionou as divisas de risco pelo mundo. O dólar australiano recuava 1%, enquanto o peso colombiano perdia 0,7%. Já o iene japonês, considerado ativo seguro, ganhava 0,2%.

Continua após a publicidade

Já o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou esta quinta-feira com leve alta de 0,5%, aos 106.556 pontos. Os balanços trimestrais ditaram o ritmo dos negócios e os papéis de Petrobras impediram um avanço maior. O mercado foi influenciado pela notícia de que a agência de classificação de risco Fitch reafirmou a nota de crédito soberano do Brasil em “BB-“, com perspectiva estável, e ponderou que uma melhora segue limitada por fatores como elevado endividamento público, rígida estrutura fiscal e um Congresso “fragmentado”.

(Com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.